Vágner Love x Júlio: choque de gerações de "camisas 9" no Clássico dos Clássicos
Sport e Náutico duelam no sábado (11), nos Aflitos, pelo Campeonato Pernambucano
Posições iguais, gerações diferentes. Quando o centroavante Vagner Love, hoje no Sport, começou a despontar no futebol, em 2003, Júlio, camisa 9 do Náutico, tinha apenas dois anos. Quando o prata da casa do Timbu ainda iniciava seu caminho no esporte, o atleta leonino já estava consolidado no futebol. A trajetória de ambos foi construída em tempos distintos. Aos 38 anos, o rubro-negro está nos momentos finais da carreira. Aos 21, o alvirrubro está apenas começando. O tempo agora une extremos no primeiro Clássico dos Clássicos da temporada, que será realizado no sábado (11), nos Aflitos, em jogo válido pelo Campeonato Pernambucano.
Antes do acerto com Jael, que ainda deve aguardar um pouco mais para estrear pelo Náutico, o clube deu a camisa 9 para Júlio. No primeiro clássico como profissional, o atacante marcou dois gols no empate em 3x3 com o Santa Cruz, no Arruda, pelo Estadual. Além disso, balançou as redes no 1x0 perante o Atlético/BA, no Carneirão, pela Copa do Nordeste.
Elogiado pelo talento, Júlio, que renovou o vínculo com o Náutico até o final de 2024, também já protagonizou alguns erros comuns de quem está iniciando a carreira. Provocações contra o Santa Cruz, expulsão diante do Porto e alguns comportamentos que exigiram uma atenção maior do técnico Dado Cavalcanti.
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“Júlio é explosivo, tem um jogo intenso. Provoca, discute, briga. Está ciente que hoje é um dos protagonistas do clube. Assumiu isso com gols e atuações. Esse protagonismo traz um peso de ser mais visado pelos adversários e pela arbitragem. Faz parte do amadurecimento do próprio Júlio assimilar bem isso e ficar mais preocupado em solucionar os problemas com a bola no pé", disse o técnico.
Love já teve a idade de Júlio. Viveu altos e baixos. No Sport, pela carreira pregressa, ele assumiu o protagonismo antes mesmo de estrear. Em campo, o desempenho em 2022, com sete gols em 17 jogos, rendeu a permanência em 2023. Neste ano, balançou as redes uma vez, diante do Petrolina.
O atacante, inclusive, já marcou gol contra o Náutico, na vitória do Sport por 2x1, na Ilha do Retiro, na Série B do Campeonato Brasileiro do ano passado. E vale ressaltar: mesmo próximo dos 40 anos, Love rechaça o assunto “aposentadoria”.
“Sei que ainda tenho força, acredito que eu ainda posso jogar em alto nível. O Sport está me proporcionando isso. Quero jogar até quando meu corpo obedecer”, declarou.