"Luisa está se recuperando e em poucos dias deverá respirar sem aparelhos", diz médica responsável
Triatleta se recupera de um grave acidente ocorrido no interior de São Paulo
Vítima de atropelamento na estrada no último sábado, dia 23, durante um treinamento com bicicleta, a triatleta Luisa Baptista está há 3 dias na UTI do Hospital das Clínicas, em São Paulo, respirando por aparelhos.
Luisa, de 29 anos, sofreu um trauma pulmonar grave, com vazamento de sangue no tórax, lesão nos brônquios e trauma abdominal. Desenvolveu a síndrome respiratória aguda grave (quando o nível de oxigenação no sangue cai drasticamente).
No hospital em São Carlos, interior de São Paulo, região onde ocorreu o acidente, foi submetida aos cuidados protocolares nesses casos, que é o uso de corticoides, antibióticos, drenagem do sangue e ventilação mecânica. Mas o tratamento padrão ouro era ECMO (Aparelho de Oxigenação por Membrana Extracorpórea), que substitui função do pulmão. Diferentemente do que ocorre no serviço privado de saúde, no SUS o recurso ainda é escasso. Apenas hospitais universitários com grupos de pesquisa dispõem. O Hospital das Clínicas, em São Paulo, para onde ela foi transferida da madrugada do Natal, tem o aparelho.
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De complexo manuseio, os médicos que lidam com a ECMO passam por treinamento especial. O aparelho faz as vezes do pulmão do paciente até que o organismo consiga restabelecer o mecanismo respiratório por si só.
Em 2 dias, os médicos desligaram o aparelho e Luisa respira agora apenas com ventilação mecânica.
"Luisa está com boa recuperação e em poucos dias irá respirar sem qualquer aparelho" diz a intensivista e cardiologista Ludhmila Hajjar, médica responsável pela internação de Luisa no Hospital das Clínicas.