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Crise financeira

Lyon, de John Textor, leva punições e é rebaixado provisoriamente por problemas financeiros

O dono da SAF do Botafogo sofreu sanções da Direção Nacional de Controle de Gestão (DNCG), nesta sexta-feira (15)

Lyon, de John Textor, pode ser rebaixado por problemas financeirosLyon, de John Textor, pode ser rebaixado por problemas financeiros - Foto: Olivier Chassignole/AFP

John Textor, dono da SAF do Botafogo, sofreu um duro golpe nesta sexta-feira (15). O Lyon, um dos times do empresário americano na Europa, foi rebaixado provisoriamente para a segunda divisão do Campeonato Francês por problemas financeiros.

A Direção Nacional de Controle de Gestão (DNCG) da Liga de Futebol Profissional da França (Ligue 1) também determinou que o clube seja impedido de inscrever novos atletas.

Caso a diretoria não consiga regularizar a situação ao fim da temporada, em junho de 2025, as duras punições serão aplicadas.

O americano se reuniu por mais de três horas com membros da DNCG nesta sexta, em Paris. Segundo a imprensa local, o órgão esperava que o Lyon apresentasse garantias financeiras de pelo menos 100 milhões de euros para a atual temporada.

A França é um dos países na Europa onde o Fair Play Financeiro é mais rígido.

Antes da punição ser anunciada, Textor disse à imprensa que a conversa havia sido boa.

"Estou confiante nos nossos números. Nunca posso ter confiança na forma como órgão regulatórios olham essas coisas. Acredito que a DNCG é independente de algumas pressões, mas temos muitos inimigos, dentro da direção da liga", comentou o acionista ao jornal francês L'Équipe. O americano prometeu um pronunciamento para este sábado (16).

As sanções ocorrem após a Eagle Football Group, holding que pertence a Textor, registrar um déficit de 25,7 milhões de euros (cerca de R$ 157 milhões na cotação atual) ao fim da temporada 2023/24. Segundo a imprensa francesa, a dívida da empresa é de aproximadamente 500 milhões de euros (R$ 3 bilhões).

Agora, Textor terá de lutar contra o tempo para equilibrar os cofres do Lyon. O magnata americano busca há alguns meses vender os 45% de suas ações do Crystal Palace, da Inglaterra, para amenizar a situação da Eagle - o empresário também é sócio majoritário do RWD Molenbeek, da Bélgica.

A holding também espera lucrar com a venda de parte dos jogadores da rede, como Luiz Henrique, Igor Jesus e Thiago Almada, trio de destaque do Botafogo que atrai o mercado europeu tem grandes chances de serem negociados em janeiro.

Em outubro, a Eagle anunciou um plano de recapitalização que visa a levantar US$ 1,1 bilhão (R$ 6,3 bilhões) como parte do processo para entrar na Bolsa de Valores de Nova York no primeiro trimestre de 2025.

A maior parte do valor seria para quitar as dívidas da holding, por meio da venda de sua participação no Crystal Palace, e por Oferta Inicial de Ações (IPO, sigla em inglês).

De acordo com a Bloomberg, a Eagle está buscando um empréstimo de US$ 300 milhões para ajudar a pagar as dívidas de um empréstimo com a Ares Management Corp, realizada em 2022. A holding esperava pagar a dívida com a venda das ações referentes ao Crystal Palace, o que ainda não aconteceu.

O Lyon ocupa da 5ª posição do Campeonato Francês, com 18 pontos, um a menos do que o Lille, time que abre a zona de classificação para a Liga dos Campeões, com 19.

O clube de Textor será rebaixado ao fim da temporada se não resolver as pendências financeiras independentemente de uma classificação ao principal torneio de clubes da Europa.
 

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