Marquinhos cita Neymar feliz em novo ciclo da Seleção e defende Richarlison em jejum de gols
Zagueiro frisou que camisa 10 está pronto para "confiante para exercer o que o treinador pede". Sobre centroavante, defensor está otimista no fim da série sem bolas na rede
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Neymar e Richarlison vivem momentos distintos na Seleção Brasileira. O camisa 10, com os dois gols marcados na vitória por 5x1 diante da Bolívia, na estreia das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, se tornou o maior artilheiro da história da Canarinho, com 79 gols, superando ninguém menos que Pelé. Já o 9 vive fase conturbada, sem marcar pelo País desde as oitavas de final da Copa, no ano passado. Para ambos, porém, o discurso do zagueiro Marquinhos tem o mesmo tom otimista. Sobre o primeiro, a sensação é de uma adaptação rápida e evolução futura. Quanto ao segundo, o desejo de recuperação breve.
“Neymar é uma pessoa e um jogador transparente. Conseguimos ver o quanto ele está feliz e disposto a fazer o seu melhor, ajudando a Seleção Brasileira. Está focado nesse novo ciclo. A vinda de (Fernando) Diniz ajudou muito também. Ele se sente à vontade. Eles tiveram muitas conversas”, afirmou o defensor, pregando a importância da chegada do novo técnico.
“Ele é um treinador que passa muita confiança ao time. Exige muito, mas ao mesmo tempo dá muito respaldo. Quando estamos em campo, vemos todos os jogadores se sentindo bem, confiantes para exercer o que ele pede. Com Ney não é diferente. Com o respaldo do Diniz, com a ideia de jogo, ele está bem para fazer o que gosta de fazer dentro de campo. Com o time entendendo isso e com Diniz sabendo usá-lo da melhor forma, Ney pode nos ajudar muito”, completou.
Sobre Richarlison, que chegou a chorar no banco de reservas após perder um gol diante da Bolívia, Marquinhos ressaltou que o modelo de jogo do Brasil pode proporcionar ao camisa 9 o reencontro com as redes. De preferência nesta terça (12), diante do Peru, em Lima, pela segunda rodada das Eliminatórias.
“Na Seleção, já vivemos muitos momentos. Já vi jogadores com altos e baixos. Futebol é muito rápido, tanto para o bem como para o mal. Isso que tentamos passar para ele. Conversamos, ele se senta à mesa ao nosso lado e já o vimos mais leve e tranquilo depois do jogo. Para um atacante, é importante fazer gols, mas o papel que ele desempenhou em campo, com movimentações, pressão e posicionamento foi importante. Claro que faltou o gol (contra a Bolívia) para coroar a bela atuação que teve, mas com esse estilo de jogo que temos, com a filosofia de Diniz, outras oportunidades virão. Procuramos passar tranquilidade porque esse gol vai sair. Não pode ficar desesperado para fazer porque ficará mais difícil. Ele precisa estar tranquilo porque um atacante precisa muito disso para desempenhar o melhor papel ali no gol”, ressaltou.
Confira outros trechos da entrevista
“Sementinha de Tite”
Diniz, desde o primeiro dia, vem implementando sua filosofia de jogo. Entende e sabe bem que esse time tem uma ‘sementinha’ do trabalho do Tite e ele vem regando tudo isso. Pouco a pouco, vem implementando sua filosofia. Foram poucos dias, mas já conseguimos adquirir bastante do que ele pensa, vê e quer propor. Consigo enxergar bem aquilo que ele quer colocar. Uma filosofia prazerosa de se jogar, ocupando as posições e sabendo bem se resguardar para ficar bem protegido
Aprendizado com outros zagueiros
Encaro da melhor maneira todas as situações da minha vida. Foi um prazer enorme estar com todos aqueles nomes na zaga. Thiago Silva, Miranda, David Luiz. Tive outros grandes companheiros no Paris Saint-Germain, como Sérgio Ramos. Aprendi muito, cresci muito com cada um, cada personalidade. Hoje, da melhor maneira, tento ser para eles (companheiros) aquilo que eles (ex-parceiros de zaga) foram para mim. Passando tranquilidade e confiança, tentando ajudar ao máximo dentro e fora de campo
Cuidado com Guerrero
É um atacante que conheço bem desde a época do Corinthians. Quando ele chegou, eu ainda estava lá. Fiz alguns treinos e jogos com ele. É um atacante de muita qualidade, apesar da idade. Independente disso, vemos grandes jogadores com uma idade maior, mas jogando muito. Alguns até podem melhorar com o passar da idade. A cautela é sempre a mesma. Sabemos o quanto é difícil jogar contra o Peru aqui. Sabemos da rivalidade, mas vamos nos preparar da melhor forma, não só pensando nele como em toda a seleção peruana, que é muito qualificada.