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Maurício Souza revela convite de partidos conservadores para futuro na política a partir de 2022

O jogador foi dispensado do Minas por conta de publicações discriminatórias; apesar disso, viu o número de seguidores nas redes sociais subir

Maurício Souza (esquerda) junto de Bolsonaro e de Eduardo BolsonaroMaurício Souza (esquerda) junto de Bolsonaro e de Eduardo Bolsonaro - Foto: Reprodução/Instagram

Na esteira da demissão por homofobia, o central Maurício Souza revelou ter aspirações políticas para as eleições de 2022. Na última semana, o jogador foi dispensado do Minas Tênis Clube por postagens com teor discriminatório.  

"Isso é uma coisa que não estava previsto, nunca me imaginei na política, mas estão me pedindo muito. Muitos partidos conservadores estão me dizendo que seria importante. Tenho uma responsabilidade muito grande, em cada post que eu faço, cada entrevista que eu dou. Estou vendo o impacto direto que estou tendo nas pessoas. Hoje elas enxergam em mim esse exemplo. Tenho que pedir sabedoria pra Deus pra eu representar bem essas pessoas", disse o atleta, em entrevista ao programa "Pânico", da Jovem Pan. 

O central ainda comentou o futuro dentro do esporte, agora que está sem clube nenhum.

"Tudo que eu fiz, construí e batalhei, manchou. Não é só um time me contratar, não é só perder o emprego. O Minas vai pagar meu salário, mas e aí pra frente? Não vou arrumar um time fácil, vai ser uma pressão em cima dos patrocinadores do time, e meus companheiros vão ter que ter uma cabeça forte".

O caso começou quando, no dia 12 de outubro, Mauricio se mostrou incomodado com o fato de o personagem Super-Homem surgir bissexual na nova edição da revista da DC Comics. No momento da publicação, tinha mais de 250 mil seguidores – agora, já passou dos 2, 5 milhões. Após pressão dos patrocinadores, Fiat e Gerdau, o Minas dispensou o jogador no último dia 27.

Além disso, as redes sociais dos patrocinadores do clube, que pressionaram por medidas punitivas a Maurício, vêm sendo invadidas por comentários de perfis identificados com a extrema direita. Eles falam em boicote às empresas e as acusam de atacar a liberdade de expressão. Entre os apoiadores deste movimento estão os filhos do presidente Jair Bolsonaro: o deputado federal Eduardo, o vereador Carlos e o senador Flávio. Páginas caracterizadas por postagens homofóbicas, machistas e contra a diversidade de gênero também têm insuflado este comportamento.

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