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Futebol

Mazola reconhece erro em falas passadas e cita o que diria hoje a si mesmo: "Cala a boca, idiota"

Pedido de desculpas é pela frase dita há 13 anos, afirmando que "todos os jogadores de Pernambuco queriam estar no Sport"

Mazola Júnior, técnico do NáuticoMazola Júnior, técnico do Náutico - Foto: Gabriel França/CNC

O Mazola Júnior de 2024 não é o mesmo de 2011-2012. Algo que ele fez questão de salientar na primeira entrevista coletiva como técnico do Náutico. Um exemplo disso foi ao ser perguntado sobre uma declaração polêmica que deu no passado, há 12 anos, quando comandou o Sport. Sem rodeios, o hoje treinador alvirrubro reconheceu o erro e não poupou palavras para criticar a si mesmo. 

Primeiro, o contexto. Em 2012, Mazola disse que todo jogador de Pernambuco queria estar no Sport. Frase que, hoje, ele revela que se arrepende. Inclusive, deu um recado (nada sutil) sobre o que ele diria para o seu “eu do passado” sobre o assunto. 

“Eu diria ‘cala boca, seu idiota’. Aquela declaração minha foi infeliz, imbecil, totalmente contra todo o trabalho que construí em 2011. O erro foi grande, momento impróprio. Faltei com respeito até com o próprio Sport, além de Náutico e Santa Cruz. Não sou homem de pedir desculpas, mas sou homem de aceitar meu erro. Em cima de um começo de pré-temporada, em que a pressão do título veio forte em mim, eu quis externar aquilo para a diretoria e jogadores. Eu tive um problema sério naquele dia pela manhã e acabei, por ser muito impulsivo, passando da cota do limite da sanidade dando aquela entrevista. Eu me arrependo, mas estou aqui para reconhecer meu erro", afirmou.

O treinador chega com a missão de tentar recuperar o Náutico para a decisão do Campeonato Pernambucano. O Timbu perdeu o duelo de ida, por 2x0, nos Aflitos, e agora precisa ganhar por dois gols de diferença para ao menos levar a decisão para as penalidades. Por mais, ganhará o troféu no tempo normal. Para isso, Mazola conta que deve fazer algumas mudanças táticas, mas rechaçou que buscará um “motivacional extra”. 

"A parte tática não vou abrir para o Mariano Soso (técnico do Sport). Precisamos ganhar o jogo por dois gols de diferença para ir para os pênaltis. Algumas situações táticas serão diferentes. Em relação à motivação, sabe aquela resenha do Muricy (Ramalho, ex-treinador), um dos grandes ídolos do Náutico? Cobrar motivação? Náutico paga em dia, com uma baita condição de trabalho, uma baita cidade, com um prêmio legal. Jogador precisa de motivação? O Náutico é time grande, está na Série C de passagem. O que será feito é algo normal, com a injeção de ânimo e vontade que a final exige. Terão 45 mil contra. Quer mais motivação do que isso?", frisou.

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