Mesmo após vitória, Marchiori cita pressão da torcida e pede paciência
Alvirrubros chegaram a vaiar a equipe durante uma parte do primeiro tempo diante do Altos-PI, nos Aflitos, pela Série C
A alegria em ver o Náutico voltando a vencer na Série C do Campeonato Brasileiro não apagou o momento de frustração de parte da torcida com o desempenho da equipe na primeira etapa. Ainda que tenha atuado melhor do que diante do Amazonas, quando perdeu por 1x0, nos Aflitos, na rodada anterior do torneio, alguns alvirrubros chegaram a vaiar a equipe antes de Berguinho balançar as redes no triunfo pelo placar mínimo, perante o Altos. Na visão do técnico Fernando Marchiori, um comportamento que não pode se repetir.
“Desde a nossa chegada, percebe-se um clima (da torcida), pela grandeza do clube, de frustração por estar nesta divisão. Precisamos entender que a competição é muito disputada, equilibrada, difícil. Precisamos do apoio do torcedor porque muitos atletas sentem isso. Hoje, aos 30 minutos, quando Manoel perdeu um gol, a torcida ficou ansiosa. Não podemos ter isso. Temos de canalizar nossas forças juntas. A nossa torcida é poderosa em casa e precisamos do apoio. Isso não pode se reverter contra alguns atletas que não tiveram tantas experiências”, declarou.
Sobre a partida, o treinador citou a mudança tática, com dois pontas abertos e a presença de Rennan Siqueira, que vinha atuando como zagueiro, no posto de lateral, substituindo Diego Matos.
“Tivemos oscilações. Botamos dois extremos, com Berguinho pela esquerda e Villero pela direita. Ganhamos mais profundidade, jogadas de área para Jael, Souza e Gabriel entrarem. A construção por dentro, com Victor e Rennan, foram boas também. Em alguns momentos, tivemos ansiedade, chegando atrasados em algumas situações. Mas tudo dentro de uma normalidade e ansiedade para buscar o resultado. Fizemos uma partida sólida e o importante era se manter no G8. Por isso, a vitória foi fundamental”, afirmou.
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Tabela
Com a vitória, o Náutico pulou para a quinta posição, com 18 pontos. De acordo com Marchiori, o Timbu pode ter alcançado 60% dos pontos necessários para terminar no G8 da Série C e garantir vaga no quadrangular.
“Fizemos um levantamento. No ano passado, na 10ª rodada, o São José era o oitavo com 16 pontos (hoje é o Volta Redonda, com a mesma pontuação após o término da 11ª). Claro que teremos muitos confrontos iguais contra Paysandu, Remo, CSA, Ypiranga, Brusque, Operário…é só decisão. A linha de corte está entre 29 e 30 pontos, podendo ser um pouco para lá ou para cá. Creio que não fugirá disso”, explicou.
Na Série C passada, a Aparecidense terminou na oitava posição, com 29 pontos. Porém, a equipe só ficou no G8 por conta do número de vitórias, já que o Botafogo-PB ficou em nono com a mesma pontuação, mas com um triunfo a menos (8x7).