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Mesmo com volta de treinos agendada, futebol pernambucano segue com cenário incerto

Clubes do Interior não concordam com data estipulada pela FPF para retorno de futebol e se preocupam com estágio da Covid-19

Com a derrota por 1X0 para o Central, Timbu perdeu a invencibilidade em casa.Com a derrota por 1X0 para o Central, Timbu perdeu a invencibilidade em casa. - Foto: Divulgação / Clube Náutico Capibaribe

Com a autorização do Governo do Estado para a retomada dos treinos no dia 15 de junho, a Federação Pernambucana de Futebol já se posicionou e disse que pretende restabelecer o campeonato estadual em 28 de junho. Os clubes do Interior, no entanto, demonstraram preocupação com a “pressa” da FPF para o retorno do torneio, em virtude do correto seguimento dos protocolos de saúde com os atletas e comissão técnica. Integrantes da Série A1, Petrolina e Vitória afirmaram que nem elenco possuem, já que todos os jogadores foram liberados. Na noite desta terça-feira (2), inclusive, haverá uma reunião entre os clubes pernambucanos para definir alguns detalhes sobre a volta do futebol.

“Nós não temos time para participar da competição, todo o elenco foi desfeito e estamos aguardando posicionamento da Federação. Ainda não temos nenhuma perspectiva de volta”, afirmou Jeferson Oliveira, presidente do Petrolina. O dirigente do Vitória também passou uma preocupação parecida e ressaltou a importância de os protocolos serem seguidos. “Eu não sou contra a volta do Campeonato, mas é necessário analisar a situação de todos os clubes e saber quais vão ser as medidas adotadas. Temos que ter prudência, até porque a curva dos casos da Covid-19 não está estabilizada. Pela lógica e conhecimento que tenho do futebol, vejo que voltar os jogos no dia 28 de junho será bem difícil de acontecer”, disse.

José Guilherme, presidente do Salgueiro, também está guardando maior definição da FPF. “Não posso comprar as passagens dos atletas e ter toda uma despesa sem ter a certeza de quando vamos voltar, de fato. Porém, a certeza que temos é que voltar com apenas 15 dias de treinos é inviável. Deve haver um consenso para que haja pelo menos uns 30 dias de preparação”, declarou.

Clube mais estabilizado financeiramente do Interior, o Afogados também não acredita na volta do futebol em junho. “Se seguirmos o protocolo da maneira correta, os jogos não poderão retornar ainda em junho. Ainda é necessário fazer a testagem em todos os profissionais e atletas e que fazem parte do grupo, e só depois vamos começar o trabalho”, afirmou Josinaldo dos Anjos, vice-presidente do clube.

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Antônio Arruda, diretor de futebol do Central, disse que a reunião com os representantes do G7, nesta terça-feira (2), pode definir algo para o resto do campeonato. “A conferência de hoje será importantíssima, depois ainda teremos uma reunião interna no Central e definiremos nossas perspectivas para o futuro. Nossa grande preocupação é que seja seguido os protocolos. Não adianta apenas fazer os testes rápidos. Conversei com um dos médicos de nosso clube e ele se mostrou preocupado com isso, não dá para fazermos vista grosso, pois, se não cumprirmos algum item do protocolo, seremos responsabilizados”, afirmou.

Procurada pela Folha de Pernambuco, a diretoria do Decisão não respondeu às mensagens e nem retornou às ligações.

Com isso, o cenário do futebol pernambucano segue em aberto. Mesmo com a volta dos treinos liberada para o dia 15 de junho, é possível afirmar que há mais incertezas do que certezas no cenário Estadual.

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