Ministra japonesa para os Jogos Olímpicos é a nova presidente de Tóquio-2020 após escândalo
Seiko Hashimoto substitui Yoshiro Mori após declarações sexistas do último
Seiko Hashimoto, até agora ministra japonesa para os Jogos Olímpicos, foi nomeada nesta quinta-feira presidente do Comitê Organizador de Tóquio-2020, em substituição a Yoshiro Mori, que renunciou na semana passada após o escândalo provocado por comentários sexistas.
"Não vou poupar esforços para o sucesso dos Jogos de Tóquio", disse Hashimoto, uma ex-atleta olímpica de 56 anos.
A nomeação acontece a apenas cinco meses dos Jogos, adiados no ano passado devido à pandemia do coronavírus.
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Pouco antes do anúncio, ela apresentou ao primeiro-ministro Yoshihide Suga sua demissão como ministra do governo.
Hashimoto era considerada a grande favorita para substituir Mori, que renunciou depois da afirmar no início do mês que as mulheres falavam muito nas reuniões, algo que considerava "irritante".
As declarações de Mori, ex-primeiro-ministro japonês de 83 anos, receberam muitas críticas, dentro e fora do Japão. O Comitê Olímpico Internacional (COI) considerou, de maneira tardia, que eram contrárias aos valores olímpicos, sobretudo no que diz respeito à igualdade entre os sexos.
Vários patrocinadores dos Jogos Olímpicos também pressionaram pela renúncia de Mori.
Hashimoto, que desde setembro de 2019 era a ministra responsável pelos Jogos, assim como pela igualdade de gênero, é integrante da Câmara Alta do Parlamento desde 1995.
Ela disputou sete Jogos Olímpicos (quatro de inverno e três de verão) nos anos 80 e 90 nas modalidades patinação de velocidade sobre o gelo e ciclismo de pista. Hashimoto conquistou uma medalha de bronze nos Jogos de Inverno de Albertville, na França, em 1992.