Mirando atividade sustentável e com retorno de maior campeão, Refeno detalha 34ª edição
Evento terá largada às 11h30 do próximo dia 23, no Marco Zero
Contagem regressiva para a maior regata oceânica da América Latina. Mirando atividades sustentáveis, a 34ª edição da Regata Internacional Recife Fernando de Noronha, Refeno, ocorre no dia 23 de setembro, um sábado. A largada das 300 milhas náuticas (560 km) acontece às 11h30, no Marco Zero, na capital pernambucana. Até o momento, 95 barcos, de 15 estados do Brasil e três estrangeiros, foram inscritos.
"Esse ano adotamos uma largada diferente para os vencedores do troféu Fita Azul de edições anteriores, e os possíveis barcos que possam diretamente estar nessa disputa. Então, o grupo azul, que será o último, será esse grupo com os favoritos. As demais classes vamos agrupar de acordo com a quantidade de barcos e características. A primeira sinalização será às 11h30 e a última às 14h45, com a saída do Cisne Branco", contou Edival Júnior, presidente da comissão de regatas da Refeno.
Entre os favoritos deste ano está o Adrenalina Pura. O barco é recordista da regata ao ter cravado em 2007 a travessia da capital pernambucana até o arquipélago em 14 horas, 34 minutos e 54 segundos. Agora, retorna à prova depois de 15 anos com o status de maior vencedor. Em sete participações, em todas ele foi Fita Azul. Venceu nos anos de 2000, 2001, 2002, 2005, 2006, 2007 e 2008. Antes sob o comando de uma tripulação baiana, a embarcação agora está sob os cuidados dos pernambucanos Avelar Loureiro, Humberto Carrilho e Cecília Peixoto.
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De todos os participantes da Refeno deste ano, o estado de São Paulo é o que conta com mais representantes, com 19 inscritos. Em seguida, Bahia e Pernambuco, com 17 e 16 veleiros respectivamente. O Rio de Janeiro vem com 13 barcos. Também vão competir embarcações de Rio Grande do Sul (sete), Paraíba (quatro), Paraná (três), Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Sergipe e Santa Catarina (dois cada), Pará, Alagoas e Distrito Federal (um cada). Entre os estrangeiros, a Argentina contará com dois, e a África do Sul com um.
Cisne Branco retorna
Nesta edição, o icônico navio Cisne Branco, da Marinha do Brasil, voltará a participar da regata oceânica após um hiato de seis anos. O anúncio foi feito pelo comandante dos Portos de Pernambuco, Frederico Medeiros Vasconcelos de Albuquerque. Além do Cisne Branco, outros navios, como o veleiro oceânico João das Botas e os navios-patrulha Macau e Grajaú, também estão confirmados para o evento.
Fita Azul
O atual Fita Azul da Refeno é o barco pernambucano Aventureiro 4, do comandante Hans Huzler, que fez a travessia das 300 milhas náuticas em 2022 em 32 horas, 49 minutos e 46 segundos, viajando sozinho. Neste ano, o barco tentará mais um título.
Classes
A 34ª Refeno se propõe a acolher as classes: ORC, IRC, VPRS, RGS, Mocra, Catamarã, Trimarã, Aço, Alumínio, Bico de Proa, Aberta, Turismo e Clássicos - esta última categoria para barcos lançados à água até 31 de dezembro de 1980.
Carbono Zero
A Refeno deste ano conta com uma novidade, no intuito de deixar o evento mais sustentável. Com apoio do Genio Carbon, 2023 vai marcar a primeira regata oceânica carbono neutro da América Latina. A plataforma de gestão de inventário de gases do Efeito Estufa, desenvolvida pela Ambipar Group, vai realizar a mensuração das emissões no evento, para classificar e quantificar as emissões de gases do Efeito Estufa. Com isso, contribuirá com a descarbonização e, consequentemente, diminuir o impacto climático. O procedimento engloba toda energia gerada nos 11 dias de evento.
“A atividade de vela já é naturalmente sustentável, você vai com a força do vento. Mas todas as atividades correlatas emitem gases do efeito estufa. Temos um software que faz o cálculo para empresas e eventos, e vamos fazer para a Refeno. Serão compensados deslocamento de palestrantes, trabalhadores, equipe que vai de avião, combustíveis de veículo, barcos de apoio, combustível dos geradores, gases emitidos por alimentação, energia elétrica, etc. São cálculos validados internacionalmente e é mais um compromisso do Cabanga e da Refeno em ser a primeira regata na América Latina carbono zero, tornando a atividade ainda mais sustentável”, declarou o estrategista de negócios da Ambipar, Marcos Vinícius.