Modelo de jogo será ditado por características do elenco, diz Jair Ventura
Novo treinador do Sport foi apresentado nesta quarta (26) e estreia domingo, contra o Coritiba, no Couto Pereira
O Sport do técnico Jair Ventura terá muito das visão do profissional, construída em trabalhos anteriores. Mas não pense que apenas um lado terá que se adaptar nessa parceria. Apresentado oficialmente nesta quarta (26) pelo clube, o treinador ressaltou que, antes de pensar em reforços, ele vai analisar o elenco e descobrir qual a melhor maneira de montar a equipe, baseando seu modelo de jogo nas características do atual grupo rubro-negro.
“Qualquer treinador de qualquer equipe do mundo quer reforços. Mas, primeiro, eu venho para analisar o elenco. Tenho a metodologia de olhar para a base. Você pode me perguntar: ‘você não estava assistindo aos jogos do Sport?’ A verdade é que o treinador conhece os jogadores quando trabalha, no dia a dia, nas partidas. Peguei um trabalho em andamento e vou gradativamente empregando minha ideia, dentro da característica dos atletas. Nós respeitamos também o momento que o Sport vive financeiramente. Caso detecte alguma carência, vamos falar de contratações, mas só depois de olhar internamente”, afirmou.
Jair Ventura iniciou sua carreira no Botafogo, passando posteriormente por Santos e Corinthians. Em cada trabalho, o treinador contou que precisou se adaptar aos nomes que tinha à disposição. “Cada grupo tem sua característica. Tenho trabalhos distintos. No Botafogo, a gente não tinha muito posse de bola, mas, apesar disso, somente 25% dos nossos gols eram em transição. Mais de 40% foram em organização ofensiva. No Santos, eu mudei completamente o modelo de jogo por conta das característica dos atletas. Tínhamos um time mais propositivo”, declarou.
“Lógico que aqui vamos pedir um jogo apoiado, marcação alta, mas por vezes precisamos respeitar o momento. A instituição é maior que o modelo de jogo do treinador. O grande segredo é conciliar um sistema bom e que dê resultado. Até agora só tive uma sessão e meia de treino. Time vem desgastado nesse período por conta da parada da pandemia, com jogos atrás de jogos. É cedo para falar de botar minha ‘cara’, mas quero botar a ‘cara’ do Sport”, completou, pensando no duelo do domingo, ante o Coritiba, no Couto Pereira, pela Série A 2020.
“A torcida pode esperar um profissional engajado com o projeto, jogando junto com a equipe, tendo que por vezes se segurar para não entrar dentro de campo. Vou dar meu máximo. Cheguei para agregar. Não vejo ninguém como salvador. Sei do momento (complicado), mas vejo qualidade, estrutura boa e condições de conseguir nosso objetivos”, finalizou.
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Confira outros trechos da entrevista
Convite
Uma honra ter recebido o convite desse gigante do futebol brasileiro. Estou muito feliz com a oportunidade de representar esta instituição. Lógico que é uma perda grande não ter a presença da torcida. Sei como ela faz a diferença aqui (na Ilha do Retiro). Já joguei aqui e sei como é difícil. Mesmo assim, sei que a energia positiva estará vindo de casa para, juntos, alcançarmos nosso objetivos.
Tempo parado após saída do Corinthians (2018)
Foi um tempo de aprendizado. Opção minha não trabalhar durante o ano. Opção por ter sido pai e ter pego um trabalho atrás do outro. Saí do Santos e com menos de um mês estava no Corinthians. Fui abençoado com uma filha nesse período e achei que era o momento de curtir a família. Tive um pai que era do futebol e ficou longe esse tempo todo (de carreira). Parei para analisar meus jogos, estudar, ver todas as tendências, o que tinha de mais moderno, revendo meus treinos. Sou muito melhor do que fui ontem. Sou um eterno aprendiz, que busca melhorar sempre.