Multidão de vascaínos recebe Payet com festa no aeroporto internacional do Rio
O jogador estava livre no mercado depois de sair do Olympique de Marseille
"O Payet chegou! Hoje é feriado!". Assim como milhares de outros torcedores do Vasco da Gama, Leticia Silva, de 19 anos, chegou na madrugada desta quarta-feira (16) para receber como herói o meio-campista francês, Dimitri Payet, no aeroporto internacional do Rio de Janeiro, ao som de muita batucada.
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Depois de deixar o Olympique de Marselha aos prantos no mês passado, Dimitri Payet, de 36 anos, desembarca em clima de carnaval na Cidade Maravilhosa.
A torcida do Vasco, vice-lanterna do Campeonato Brasileiro, já preparou até músicas inéditas especialmente para ele.
O coro "Payet, Payet, Payet... Ei, ei, ei, ei... Oô, oô, oô, oô, ôoo...!", levanta os fanáticos, com a melodia de "Prefixo de Verão", um clássico do carnaval de Salvador gravado pela Banda Mel nos anos 1990.
A torcida já estava lá, amontoada contra as grades de segurança, várias horas antes da chegada do jogador.
Com cara de cansaço após a longa viagem, mas todo sorridente, Payet caminhou até eles, subiu em uma plataforma para cumprimentá-los e vestiu a camisa reserva preta com a faixa diagonal branca de seu novo time, já com seu nome nas costas, e o número 10.
Usando um chapéu da Força Jovem, torcida organizada do Vasco, ele estendeu o celular para uma selfie com as multidão vibrando atrás dele.
"Estou realmente feliz por ter chegado aqui, por ter sido recebido com tanta paixão da parte da torcida, e não vejo a hora de começar a jogar futebol", disse o francês, que falou rapidamente com a imprensa no aeroporto.
Também havia muita fumaça de sinalizadores, bandeiras e até alguns rostos pintados de azul, branco, vermelho, as cores da França.
"Payet, je t'aime" ("Payet, eu te amo"), lia-se em francês no caderno que Ranyelli Souza, estudante de 22 anos, mostrava através da grade.
"Queria passar esse recado para ele porque é um momento muito difícil que o Vasco está passando. Ele é um ídolo na França, no Olympique de Marselha, e ele aceitou vir, aceitou esse desafio, e tenho certeza de que ele vai virar ídolo aqui", disse ela, confiante.
No time do sul da França, Payet disputou oito temporadas e meia (2013-2015 e depois 2017 a 2023) com 326 partidas, 78 gols e 95 assistências, mas não conquistou nenhum título.
- Apoio incondicional -
O ex-jogador da seleção francesa (com 38 jogos e 8 gols pelos 'Bleus') assinou um pré-contrato com o Vasco até 2025. O contrato definitivo deve ser rubricado em breve no Rio, após um exame médico.
Ele vai vestir a camisa 10 imortalizada por jogadores emblemáticos do Vasco, como o ex-atacante Roberto Dinamite, falecido em janeiro, Edmundo, Juninho Paulista e mais recentemente o ex-PSG Nenê.
Mas o clube está longe de seus dias de glória. De volta à elite após duas longas temporadas na segunda divisão (2021 e 2022), está na zona de rebaixamento após o fim do primeiro turno do Brasileirão.
"Payet vem para ajudar o Vasco, ele vai tirar a gente dessa", disse Peterson Ramos, um mototaxista de 27 anos que diz não ter dormido a noite inteira para chegar ao aeroporto às 4h.
Na terça-feira, antes de voar para o Brasil, Payet havia garantido ao canal RMC Sport que sua escolha foi "pelo amor ao futebol, não por dinheiro".
"Em termos de paixão e futebol, não encontrei nada melhor do que o Brasil e o Vasco. Estou muito feliz", disse o francês.
"É a melhor escolha que ele poderia ter feito. São 5h da manhã, nosso time é o penúltimo do campeonato, mas estamos aqui apoiando", resumiu Jhonny Barbosa, torcedor de 27 anos.