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BASQUETE

Mundial de Basquete: contra a Alemanha, Estados Unidos tentam seguir no caminho de título histórico

Com chance de se tornarem maiores campeões, americanos têm desafio difícil hoje, na semifinal

Anthony Edwards em ação pelo time dos Estados Unidos Anthony Edwards em ação pelo time dos Estados Unidos  - Foto: Ezra Acayan / POOL / AFP

Uma verdadeira surra sobre a Itália nas quartas colocou os Estados Unidos na semifinal do Mundial de Basquete. Hoje, às 9h40, em Manila (Filipinas), com transmissão da ESPN, os americanos têm um dos maiores desafios da competição ao encarar a Alemanha por uma vaga na decisão. O penúltimo passo de um título que pode ser histórico para o forte basquete do país.

Se forem campeões este ano, os Estados Unidos se isolam como os maiores donos de troféus da competição, com seis (em atividade, já são). O hexa faria com que ultrapassassem de vez o “fantasma” da extinta Iugoslávia, que soma cinco títulos contando as duas fases de seu histórico: como time da antiga república dissolvida entre o fim dos anos 1980 e início dos anos 1990 e como nomenclatura do time de Sérvia e Montenegro — hoje países independentes —, de 1993 a 2006.

Curiosamente, as seleções não se encontraram em finais em nenhum dos períodos, mas disputaram desde os anos 1970 o topo do quadro de medalhas edição a edição. Agora, os americanos têm o caminho livre para assumir a posição, caso se sagrem campeões.

O massacre por 100 a 63 sobre os italianos mostra que a equipe, dona do melhor ataque da competição, com média de 101,2 pontos por jogo, não veio para passear, mesmo com um time formado por jovens talentos da NBA. Mikal Bridges (24 pontos) e Tyrese Haliburton (18) foram os cestinhas daquela partida, a primeira depois da única derrota americana até aqui: para a Lituânia (110 a 104) no último jogo da segunda fase de grupos.

— É o confronto mais difícil porque estamos nas semifinais, o que não significa que eles não tiveram jogos difíceis antes. Perderam jogando — avalia Gustavo Hofman, correspondente da ESPN no Mundial, que descarta qualquer tentativa de “entregada” contra a Lituânia para buscar uma chave mais fácil:

— A derrota para Lituânia mexeu com o brio da seleção americana. A Itália pagou o preço. Jogaram em altíssimo nível, com intensidade, com o Bridges fazendo um jogo espetacular.
 

Força coletiva
A equipe comandada por Steve Kerr tem a seu favor uma profundidade de elenco que nenhuma outra equipe tem neste Mundial. O armador Anthony Edwards é o melhor pontuador americano, com média de 17,3 por partida. Mas num panorama geral, é apenas o 20º entre os atletas da competição. Um retrato do poder de rotação que mantém sempre o alto nível técnico e físico da NBA.

Coletivamente, lideram em média de pontos, em eficiência, tocos (5,8 por jogo) e roubos de bola (10 por jogo). Também são o quarto time com mais assistências (24,2 por jogo) e o terceiro com mais rebotes (41 por jogo).

Têm pela frente os sextos melhores pontuadores do torneio, capitaneados por Dennis Schroder (18 pontos por jogo) e os irmãos Franz (13) e Mo Wagner (12,8), que também atuam na NBA.

— A Alemanha é uma equipe forte coletivamente e muito física. Claro que não vai poder entrar no jogo físico americano, de transição, correr a quadra o tempo todo. Devem tentar diminuir a velocidade da partida, quebrar esse ritmo para fazer um jogo de igual para igual. Os Estados Unidos são favoritos, sem dúvida alguma — completa Hofman.

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