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Mundo do surfe homenageia brasileiro Márcio Freire, morto nas ondas de Nazaré

Segundo fontes locais as condições do mar na quinta-feira (5) não eram particularmente perigosas

Márcio Freire, surfistaMárcio Freire, surfista - Foto: Reprodução/ Twitter

O mundo do surfe homenageou, nesta sexta-feira (6), o lendário surfista brasileiro Márcio Freire, que morreu praticando este esporte nas populares ondas gigantes da Nazaré, no centro de Portugal.

Freire foi um dos surfistas brasileiros pioneiros que apareceram no documentário "Mad Dogs" (2016) sobre a tentativa de conquistar a onda gigante "Jaws", no arquipélago americano do Havaí. Residiu por cerca de 20 anos nessa ilha considerada a meca do surfe internacional.

"Um homem de 47 anos, de nacionalidade brasileira, morreu esta tarde, após sofrer uma queda ao praticar surfe rebocado na Praia do Norte", informou, em nota, a Autoridade Marítima Nacional.

A técnica do surfe rebocado, ou "tow-in", consiste em aproximar o surfista de ondas particularmente grandes por meio de um veículo motorizado — um jet-ski, ou helicóptero —, que se afasta após deixar o surfista na onda. Sem esse recurso, seria impossível chegar da forma habitual, remando com os braços.

"Os socorristas constataram que a vítima sofreu parada cardiorrespiratória e começaram imediatamente as manobras de reanimação na areia (...) Após várias tentativas, não foi possível reverter a situação", acrescentou o comunicado.

Segundo fontes locais consultadas pela AFP, as condições do mar na quinta-feira não eram particularmente perigosas.

No Instagram, o também surfista brasileiro Thiago Jacaré prestou uma homenagem ao amigo, descrevendo-o como "mais que um ídolo" e um "verdadeiro herói".

"Perdemos um dos nossos", escreveu o português Nic von Rupp na mesma rede social.

"Hoje eu o vi surfando todo o dia em Nazaré com um sorriso enorme. Esse sorriso enorme é como me vou lembrar dele", acrescentou.

A cada inverno, a Praia do Norte é invadida por surfistas. Esta praia oferece condições excepcionais para surfar ondas gigantes, em razão do fenômeno geológico chamado "canyon de Nazaré": uma falha submarina de 170 km de extensão por 5 km de profundidade, na qual a ondulação do oceano Atlântico se precipita antes de ser empurrada para a superfície até chegar à costa.

Foi ali que o alemão Sebastian Steudtner bateu o recorde da maior onda já surfada, ao descer um paredão de 26,2 metros em 29 de outubro de 2020.

Vários acidentes foram registrados no local, desde que o americano Garett McNamara revelou-o para a comunidade de surfistas de ondas gigantes, no começo dos anos 2010, mas nenhum tinha sido fatal até ontem.

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