Na Arena, Náutico e Santa Cruz duelam por vaga na final do Pernambucano
Timbu optou por jogar contra o Tricolor em São Lourenço da Mata para poupar o gramado dos Aflitos
O que pesará mais na partida deste domingo, entre Náutico e Santa Cruz, na Arena de Pernambuco, pela semifinal do Campeonato Pernambucano? A atual solidez defensiva do Tricolor, que não tomou gols desde a chegada do técnico Bolívar, ou a força ofensiva do Timbu, melhor ataque do Estadual, com 24 gols? O histórico superior dos visitantes em duelos em São Lourenço da Mata ou um repeteco do encontro mais recente, em que o time vermelho e branco ganhou por 2x1? A Cobra Coral não perde um mata-mata para o rival desde 2010. Os alvirrubros estão invictos como mandantes. Quando a bola rolar no Clássico das Emoções, tudo será colocado na balança, mas somente um lado continuará com o mesmo peso. Se o embate terminará empatado, o finalista será definido nas penalidades.
O favoritismo pode variar, dependendo de qual argumento citado acima for escolhido. Contudo, na visão do técnico do Náutico, Hélio dos Anjos, fatores externos ficam em segundo plano. Isso vale tanto para tabus, como até para a escalação do time. Esse último ponto passa pela pressão da torcida em cima de mudanças na defesa, especificamente nas saídas do goleiro Alex Alves e do zagueiro Ronaldo Alves do time titular.
"Nada é feito de fora para dentro, mas sim de dentro para fora. Não adianta entrar em uma semifinal caçando bruxas, criando instabilidade", frisou. Porém, no caso de Ronaldo, a tendência é que ele perca espaço na zaga para Wagner Leonardo. No mais, o Timbu terá o retorno de um quarteto poupado no jogo passado, contra o Sport, na Ilha do Retiro, por estarem pendurados na ocasião: o zagueiro Camutanga, os volantes Djavan e Rhaldney e o atacante Vinícius. No setor ofensivo, a aposta é em Kieza, artilheiro do torneio, com sete gols.
Mais do que a final pelo segundo ano consecutivo, o Santa Cruz sabe que uma vitória contra o Náutico será fundamental para o futuro do clube. Afinal, se passar de fase, estará automaticamente na Copa do Brasil 2022, garantindo uma receita importante para os cofres. Se for eliminado, não disputará a competição nacional.
O clássico será o primeiro de Bolívar no clube. Em dois jogos sob o comando do novo treinador, o Santa empatou duas vezes em 0x0, ambas com o Afogados. Pelo lado positivo, o time não sofreu gols na partida. Na frente, os tricolores torcem pelo fim do jejum do atacante Pipico, que não marca há nove partidas.
“Bolívar pediu para eu ficar mais próximo de Pipico. Ele é um atleta importante para a gente e, nessa reta final, precisamos dele. Tenho certeza que o próximo jogo será crucial para ele voltar a marcar”, afirmou o meia Chiquinho
VAR
Por conta de problemas técnicos com a empresa que forneceria a tecnologia, o clássico não terá mais o VAR. Além disso, o trio de arbitragem não será mais do quadro local, que tinha Tiago Nascimento como homem do apito. Quem apitará o confronto será Rafael Traci, árbitro Fifa, do Paraná, acompanhado de Fábio Pereira e Leila Naiara.
Ficha técnica
Náutico
Alex Alves; Hereda, Camutanga, Wagner Leonardo e Rafinha; Djavan, Rhaldney e Jean Carlos; Erick, Vinícius e Kieza. Técnico: Hélio dos Anjos
Santa Cruz
Jordan; Digão, William Alves, Júnior Sergipano e Eduardo; Derley, Elicarlos e Chiquinho; Bustamante, Madson e Pipico. Técnico: Bolívar.
Local: Arena de Pernambuco (São Lourenço da Mata/PE)
Horário: 16h
Árbitro: Rafael Traci (PR)
Assistentes: Fábio Pereira (TO) e Leila Naiara (DF)