"Não posso controlar o que esperam de mim", diz Rebeca Andrade sobre os Jogos de Paris
Atleta, medalhista de ouro em Tóquio-2020, destacou os cuidados com a saúde mental para se manter equilibrada no esporte
Dona da primeira medalha brasileira da ginástica feminina em Jogos Olímpicos, Rebeca Andrade fez história nas Olimpíadas de Tóquio ao faturar o ouro. Desde então, a atleta precisa conviver com a alta expectativa sobre si para o próximo desafio na maior competição esportiva do mundo, agora na edição de 2024, em Paris, na França. Pressão que faz a atleta redobrar os cuidados com o lado psicológico.
"Foco no meu, sem controlar o que esperam de mim ou o que querem que eu faça. Tenho acompanhamento psicológico desde os 13 anos e só agora senti que todo o trabalho feito durante esse tempo fez efeito. Mas, a cada ano, eu tenho progresso. Eu me conheci na pandemia, porque foi o período que passei sozinha em casa. Saúde mental faz parte do equilíbrio para tudo seguir no caminho bom. Estou tranquila (para os Jogos). Mesmo tendo menos tempo de preparação, o treino é o mesmo. O foco e o empenho, também. Acordo todos os dias com a mesma vontade de vencer", apontou.
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A atleta foi uma das presenças ilustres no Congresso Olímpico Brasileiro, realizado no último fim de semana, em Salvador, na Bahia. Oportunidade, segundo Rebeca, de trocar experiências com outros esportistas e sentir de perto o carinho de quem a admira.
"Aqui, temos uma troca de saberes, com profissionais de áreas diferentes. Sempre é bom conhecer mais, abrindo os olhos para a evolução do esporte. Além disso, vejo que mais pessoas podem conhecer a minha história e é sempre bom falar como o esporte mudou minha vida. Tem pessoas que encontro na rua e falam que torcem por mim, como crianças e adolescentes. Quase como se eu fosse uma luz no fim do túnel. Do pensamento de 'se ela conseguiu, eu também posso'. Levo isso para o resto da minha vida", ressaltou.