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Futebol

Náutico pode ser quarto clube da Série C 2025 a adotar SAF; veja cenário dos adversários

Timbu assinou na semana passada uma proposta não vinculante para se tornar uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF)

Londrina se tornou SAF, enquanto Náutico busca mesmo caminhoLondrina se tornou SAF, enquanto Náutico busca mesmo caminho - Foto: Reginaldo Júnior / Londrina EC

O Náutico está próximo de entrar na lista de clubes brasileiros que aderiram à Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Na semana passada, os alvirrubros assinaram uma proposta não vinculante feita por um grupo de investidores que pretende adquirir 90% das ações dos pernambucanos. Caso o negócio seja efetuado, passando por aprovação do Conselho Deliberativo e dos sócios, o Timbu será o quarto clube da Série C 2025 a adotar o novo modelo de gestão.

A lista de clubes da Série C que são Sociedade Anônima de Futebol (SAF) tem um ponto em comum: todos estão no Sul. O Figueirense virou clube-empresa em 2017, com um contrato com a holding de investimentos Elephant. A parceria, que duraria 20 anos, terminou em dois, com os catarinenses chegando a ficar sem divisão. No ano passado, o Figueira oficializou a venda de 90% das ações, virando, enfim, uma SAF, por cerca de R$ 120 milhões.

O Londrina aprovou a SAF em janeiro deste ano, com a venda de 90% da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do clube para a Squadra Sports, liderada por Guilherme Belintani, ex-presidente do Bahia. Neste ano, o clube chegou ao quadrangular final da Série C, mas não conseguiu o acesso.

O caso de maior sucesso recente na Série C em termos de SAF é o do Maringá-PR. Fundado em 2010, o clube virou Sociedade Anônima de Futebol em 2022. Desde então, chegou em duas finais do Campeonato Paranaense, além de subir para a terceira divisão neste ano, ao lado de Retrô, Anápolis-GO e Itabaiana.

Botafogo-PB

Assim como o Náutico, o Botafogo-PB também pode em breve confirmar a mudança do modelo de gestão para a SAF. O clube aguarda a convocação da Assembleia Geral de Sócios e uma aprovação do grupo para oficializar a negociação. O Retrô, outro representante pernambucano na Série C, embora já seja um clube-empresa, ainda não é tecnicamente uma SAF - alteração que o presidente da Fênix, Laércio Guerra, pretende realizar em breve.

O Ituano, que também está na Série C, esteve perto de virar SAF em 2024. A votação aconteceria em outubro, mas a Assembleia Geral de Sócios não reuniu o quórum necessário para definir a mudança, precisando de mais tempo para analisar a proposta. Quanto ao São Bernardo, diferente do que muitos atribuem, o clube paulista é uma Sociedade Limitada (Ltda), mas também está em negociação para virar SAF.

A SAF foi criada pela Lei 14.193/2021, que permitiu que clubes de futebol brasileiros pudessem ser transformados em empresas. Além de mudar a estrutura e gestão, ela também altera a forma de tributação, as normas de governança, controle e meios de financiamento.

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