Náutico busca anulação do cartão vermelho de Lucas Perri
Para o jurídico do clube, houve 'erro de direito' no lance que gerou a expulsão do goleiro, diante do Tombense
Além da solicitação do áudio da cabine do VAR do jogo contra o Tombense, o Náutico busca a anulação do cartão vermelho dado a Lucas Perri. O goleiro foi expulso aos oito minutos do segundo tempo após, ao tentar cobrar uma falta, escorregar e dar dois toques para impedir que o atacante Ciel finalizasse para o gol vazio. O árbitro Leonardo Willers Lorenzatto deu amarelo em um primeiro momento, mas após a consulta ao VAR, expulsou o goleiro alvirrubro.
De acordo com o advogado Luiz Gaião, do jurídico do clube, o lance se caracteriza como erro de direito e a suspensão do cartão é possível. “É um erro de direito, o toque do joelho do Perri na bola não se caracteriza como chute. É como se ele tivesse cobrado a falta com a bola rolando, o juiz deveria ter mandado voltar para ele cobrar novamente”, disse.
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Em relação a anulação do jogo, o advogado disse que “o clube está analisando todos os cenários” mas que é improvável que busque essa alternativa. A justificativa para anulação da partida é a mesma do cartão, um erro de direito, mas é mais complicado porque envolve outros fatores, como provar que a expulsão influenciou no resultado da partida.
O que é 'Erro de Direito'?
Diferente do ‘erro de fato’, que acontece quando o árbitro interpreta um lance de maneira equivocada, o ‘erro de direito’ é quando vai contra as regras do jogo. No caso do Náutico, a regra infringida foi a Regra 13. Segundo a regra, a bola só entra em jogo "quando for chutada e se mover claramente".
Para a comentarista da ESPN, a ex-árbitra Renata Ruel, a falta deveria ter sido cobrada novamente e sem a marcação da infração para o Tombense. “A bola entrará em jogo quando for chutada e se mover claramente, e dentro do futebol o chute só pode ser com o pé. Quando o jogador toca com o joelho na bola, o reinício do jogo não foi em conformidade com a regra. Isso, para mim, mostra desconhecimento da regra por parte da arbitragem em campo e do VAR", explicou.