Náutico confirma que vai punir Paulo Sérgio por expulsão, mas questiona postura da arbitragem
Atacante levou o cartão vermelho ao fazer gesto obsceno durante a comemoração da classificação do Timbu à final do Pernambucano
Por meio de pronunciamento oficial do executivo de futebol, Léo Franco, o Náutico comunicou que o atacante Paulo Sérgio será punido por conta da expulsão sofrida no jogo diante do Retrô, no último domingo (17), na Arena de Pernambuco, pelas semifinais do Campeonato Pernambucano. Após a classificação alvirrubra alcançada nas penalidades (o placar foi 1x0 para a Fênix no tempo normal e 1x1 no agregado dos dois confrontos eliminatórios), o atleta fez gestos obscenos. O VAR foi acionado e, depois de rever as imagens, a arbitragem deu o cartão vermelho.
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Na declaração, embora o executivo tenha admitido que a postura de Paulo não foi correta e que o clube está atento para que casos semelhantes não aconteçam, o Náutico também demonstrou insatisfação ao que chamou de “rigor excessivo”. Vale lembrar que o centroavante levou vermelho por comportamento semelhante, nas quartas de final, nos Aflitos, perante o Afogados.
“De novo, houve uma expulsão de Paulo. Houve o gesto, mas questionamos alguns critérios. No primeiro tempo, todas as faltas foram invertidas. Paulo mesmo tomou um cartão amarelo em que todo mundo que estava no campo viu que ele estava discutindo com Patrick Allan. Com relação ao gesto, esse não é mais ou menos obsceno do que o palavreado praticado durante os 90 minutos, seja entre atletas ou com arbitragem. Nem por isso a gente vê um cartão vermelho aplicado (em casos assim). Talvez o critério mais justo seria o amarelo. Foi aplicado o vermelho e entendemos que houve um rigor excessivo. Era um momento de extravasar. Ele, em momento algum, fez o gesto na intenção de ofender. Normalmente, o que as regras querem evitar é o incentivo à violência. É inadmissível imaginar que Paulo estivesse fazendo um gesto obsceno para incitar a violência de uma torcida que faz o próprio gesto”, afirmou.
O executivo também negou que o clube tenha pensado em dispensar o jogador depois do caso. "Ele se desculpou com a diretoria, com o grupo. Sabe da importância dele e do prejuízo que acarreta. Mas precisamos tocar a vida. Isso não é motivo para fazer uma rescisão contratual. Bato na tecla que não houve a intenção de ofender", reforçou.
Franco também indicou que espera uma postura diferente do VAR, citando alguns lances que ocorreram no dia anterior, no Clássico das Multidões que classificou o Sport para a decisão.
“Temos aqui no Náutico normas que precisam ser observadas por todos. Já tivemos uma conversa com Paulo. Ele está ciente do erro. Sabe que será sancionado por isso. Passamos aos atletas o que o clube entende que deve ser feito nessas situações. Resolvemos isso internamente, com todo o elenco e comissão técnica. Esperamos, diante disso, uma arbitragem de VAR melhor para os jogos das finais. No jogo de sábado (entre Sport e Santa Cruz), é de se lamentar a demora para marcar o gol. Depois, um carrinho por trás, criminoso, que o árbitro não marcou (a expulsão) e o VAR não chamou”, concluiu.