Náutico pode evitar bate-chapa e ter candidatura única nas eleições
Pleito está marcado para o dia 12 de novembro e pode contar com formação envolvendo indicações da oposição e da situação para o Executivo
Antes visto como inevitável, o bate-chapa do Náutico nas eleições presidenciais, marcadas para o dia 12 de novembro, pode não ocorrer. Isso porque, após uma reunião na última terça-feira (10) envolvendo lideranças do clube, foi levantada a possibilidade de uma união de situação e oposição, com nomes oriundos de cada lado para formar uma candidatura única.
A composição da chapa única teria o então candidato do grupo da oposição, Aluísio Xavier, como postulante ao cargo máximo do Executivo. O vice viria do bloco da situação, com a indicação do atual vice-jurídico do Timbu, Luiz Gayão.
“Tivemos uma reunião com a presença de ex-presidentes, e com o atual grupo de situação, com a presença de Diógenes (Braga, atual presidente) e Luiz Felipe Figueiredo (atual vice). Estamos buscando uma chapa de consenso. O nosso candidato é Aluísio Xavier, mas nós entendemos que esse momento no Náutico é muito perigoso para um bate-chapa. Porque uma disputa sempre envolve algum tipo de sequela. E pelo momento que o clube vive não se pode correr esse risco”, afirmou André Campos, ex-presidente do clube, em entrevista à Rádio Jornal.
Caso a união não ocorra, o Náutico terá pela oitava vez na história um bate-chapa para decidir os próximos mandatários do Executivo e do Deliberativo para o biênio 2024-2025.
Os dois primeiros bate-chapas no Náutico foram em 1978 e 1979. Em ambos os casos, apenas conselheiros puderam votar no pleito. João de Deus Ribeiro ganhou nos dois anos contra Virgínio Cabral de Melo e José Ventura, respectivamente.
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Inclusão dos sócios na votação
A terceira vez que houve bate-chapa no Náutico foi em 2009, com vitória de Berillo Júnior contra Paulo Alves. Na eleição seguinte, em 2011, o Timbu apresentou uma novidade: a votação teve participação dos sócios pela primeira vez na história. Com quase 70% dos votos, Paulo Wanderley, que representava a situação, venceu Marcílio Sales e Paulo Henrique.
A eleição de 2013 marcou a primeira vitória da oposição em uma eleição bate-chapa do Náutico. Com mais de 70% dos votos, Glauber Vasconcelos derrotou Marcílio Sales, Alexandre Homem de Melo e Alberto Souza, em pleito com o maior número de candidatos até o momento e maior participação de associados.
Disputa mais apertada
Conhecida como a eleição mais acirrada da história do Náutico, a disputa de 2015 teve Marcos Freitas como ganhador, superando Edno Melo por apenas dez votos. O eleito, porém, deixou o cargo pouco tempo depois, com o vice, Ivan Brondi, assumindo o posto.
Brondi, porém, renunciou em 2017. Na ocasião, Edno Melo, derrotado na eleição anterior, foi aclamado presidente. Mesmo cenário de 2019, com a reeleição e sem bate-chapa. As últimas eleições presidenciais do Náutico aconteceram em 2021. Diógenes Braga, então vice-presidente na gestão de Edno, venceu Plínio Albuquerque e Bruno Becker. Em 2023, porém, o atual mandatário optou por não tentar a reeleição.