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Futebol

Após vitória da Chapecoense contra o Tombense, Náutico é rebaixado à Série C

Lanterna da Série B, com 30 pontos, Timbu está impossibilitado de sair da zona de rebaizamento; pernambucanos jogam domingo (23), contra o Grêmio

Kieza, atacante do NáuticoKieza, atacante do Náutico - Foto: Tiago Caldas/CNC

O Náutico está rebaixado à Série C do Campeonato Brasileiro. Antes mesmo de entrar em campo neste domingo (23), contra o Grêmio, nos Aflitos, pela 36ª rodada da Série B, o Timbu já teve a queda decretada após a vitória por 3x2 da Chapecoense diante do Tombense, nesta sexta (21), na Arena Condá. Na 16ª posição, a Chape chegou aos 42 pontos e não pode ser ultrapassada pelos pernambucanos, que estão na lanterna, com 30. Agora, resta ao Timbu cumprir tabela na competição.

Histórico

Assim como em 2017, o Náutico é rebaixado à Série C com três rodadas de antecedência. Na ocasião, o Timbu tinha 31 pontos, ocupando a 19ª posição, sem chances de alcançar o então 16º, o CRB, que possuía 42 à época. 

A queda oficializada ocorreu com os pernambucanos tendo oito vitórias, sete empates e 20 derrotas – aproveitamento de 29,5%. Ao término da Série B, o clube só somou um ponto a mais, concluindo com 42, acumulando mais um resultado de igualdade e dois tropeços que deixou o time da Rosa e Silva em último.

Atualmente, o Náutico tem oito vitórias, seis empates e 21 derrotas, com um desempenho de 28% dos pontos conquistados. Uma semelhança que chama atenção com a temporada 2017 é o número de técnicos. No período, o Timbu teve cinco comandantes: Dado Cavalcanti, Milton Cruz, Waldemar Lemos, Beto Campos e Roberto Fernandes. Desse quinteto, dois também estiveram em 2022, casos de Dado, atual treinador, e Roberto. Os demais foram Hélio dos Anjos, Felipe Conceição e Elano.

Além do Grêmio, o Náutico ainda enfrentará Chapecoense, em Chapecó, e Ponte Preta, nos Aflitos. Duelos com um detalhe peculiar. Afinal, os treinadores de ambos os clubes são desafetos da atual gestão alvirrubra. 

Desafetos pelo caminho

Técnico da Chapecoense, Gilmar Dal Pozzo treinou o Náutico na campanha do título da Série C em 2019, mas foi demitido no ano seguinte. Na ocasião, o Timbu chegou a alegar que o profissional tinha sido apenas rebaixado para treinar a equipe sub-23 - situação negada por Dal Pozzo. O treinador acionou o clube na Justiça e ganhou recentemente uma ação contra os alvirrubros no valor de R$ 635 mil.

A saída de Hélio dos Anjos, técnico da Ponte, também passou longe de ser amigável. Após ter o filho e auxiliar do clube à época, Guilherme dos Anjos, demitido por justa causa por conta de um posicionamento considerado contra a gestão alvirrubra, o treinador também foi dispensado sob o mesmo modelo. O profissional, campeão pernambucano pelo Náutico em 2021, também acionou o Timbu na Justiça. 

Passagens na C

O Náutico jogou a Série C em três momentos: 1999, 2018 e 2019. No primeiro ano, chegou até a fase final do quadrangular, junto com Fluminense, São Raimundo/AM, e Serra/ES. O Timbu ficou em último e, inicialmente, apenas os dois primeiros subiam. Contudo, o nacional de 2000 não foi organizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mas sim pelo Clube dos 13, que adotou outro formato de disputa para o torneio, com módulos, e alçou o tricolor carioca para a elite nacional (Módulo Azul). 

No Módulo Amarelo, a Série B do período, participaram 36 equipes, incluindo os 20 que teoricamente já estariam na Segundona de 2000, considerando os acessos e descenso de 1999, além de outros times convidados pela organização, caso esse do Timbu. 

Em 2018, o Náutico liderou o Grupo A, mas caiu na segunda fase, perante o Bragantino. Em 2019, o clube subiu de divisão ao eliminar o Paysandu, nas quartas, e foi campeão perante o Sampaio Corrêa.

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