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Santa Cruz

No Santa Cruz, lesões viram obstáculo para definir titulares

Perto de completar metade da trajetória no Grupo A da Série C, Tricolor não repetiu time titular nenhuma vez

Apesar das baixas, Martelotte entende que Santa está jogando em um "nível bom"Apesar das baixas, Martelotte entende que Santa está jogando em um "nível bom" - Foto: Paulo Almeida/Folha de Pernambuco

O calendário do futebol brasileiro foi readequado para manobrar as datas sem jogos entre março e agosto, fruto da paralisação ocasionada pela pandemia da Covid-19. A Série C é uma exceção no ritmo frenético observado nas principais divisões, em razão do amplo espaçamento entre um jogo e outro na fase de grupos. No Santa Cruz, porém, o descanso praticamente não prevalece diante do pesadelo no aspecto clínico que atormenta as estratégias do Tricolor.

Antes de enfrentar o Manaus, no último sábado, o departamento médico do clube acumulava cinco jogadores por problemas físicos. Outro desfalque na partida era Bileu, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Também havia Chiquinho, mas ele foi vetado antes de o jogo começar por apresentar dores na parte posterior da coxa. O técnico Marcelo Martelotte repetiu o sistema de jogo aplicado em sua estreia, com três defensores, mas a escalação estava longe de ser a mesma.

Comparando o jogo contra o Remo e o que foi disputado na Arena da Amazônia, o treinador só usou Bileu e Chiquinho nos 11 iniciais. Reproduzir o mesmo time é uma façanha desconhecida para Martelotte em suas primeiras semanas no Arruda, mas o quadro é agravado quando se estende até o antecessor Itamar Schulle. O ex-treinador coral também não foi capaz de repetir os titulares, o que intensifica as interrogações sobre o time titular do Santa na Série C. Até a sétima rodada, 20 jogadores diferentes começaram a partida ao menos uma vez pela Cobra Coral.

Na reta final da partida, Maycon Cleiton sentiu desconforto na lombar e pediu para sair, mas a cota máxima de mudanças já havia sido atingida. Antes disso, os meias Tinga e Jeremias foram substituídos por lesão. O arqueiro é um dos poucos titulares na ponta da língua do torcedor tricolor. Isso porque esteve em todos os 30 jogos da temporada até então, mas vira dúvida para enfrentar o Jacuipense, na próxima segunda-feira (28). Em contrapartida, o volante Paulinho e o atacante Pipico devem ser liberados para iniciar a transição física nesta segunda ou terça-feira.

O técnico tricolor comentou o cenário do DM em coletiva de imprensa, após o empate com o Manaus no sábado. “Esse foi um ano atípico, que houve uma interrupção no meio da temporada por mais de três meses, então a gente já esperava que fosse uma volta mais difícil pra muitos jogadores. De uma maneira geral, minha preocupação é sempre com os jogadores que estão disponíveis. O departamento (médico) está trabalhando pra devolver os jogadores (lesionados) aos treinamentos. Apesar de todas essas ausências, entendo que a gente esteja jogando em um nível bom”, apontou.

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