Número 1 do tênis masculino, Alcaraz supera marcas de Djokovic e Federer aos 20 anos
Espanhol, contudo, ainda não alcança os feitos do também precoce Rafael Nadal
Os feitos de Carlos Alcaraz — campeão de Wimbledon aos 20 anos — já seriam suficientes para impressionar o mundo do tênis apenas pelo gigantismo a eles inerente.
Mas ganham contornos ainda mais deslumbrantes quando se coloca uma lupa sobre a precocidade do talento do espanhol, o que desperta comparações instantâneas com o Big 3 da modalidade: a trinca formada por Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic, que dominou o circuito nas últimas duas décadas.
É evidentemente cedo para fazer projeções do futuro de Alcaraz, sujeito a variáveis diversas, desde problemas físicos até o surgimento de companheiros de circuito que possam superá-lo. E leviano comparar sua posição às de lendas do esporte. Um olhar para o presente, porém, ajuda a dimensionar o que ele já fez e revela um potencial imensurável.
Aos 20 anos e 72 dias de vida, idade exata que tinha no domingo, quando foi campeão na grama londrina, Alcaraz possui um currículo bem mais expressivo que os de Federer e Djokovic na mesma altura da carreira. A taça na grama foi a segunda conquista de Grand Slam do espanhol (ele venceu o US Open do ano passado, ainda aos 19 anos), que soma 12 títulos até aqui, sendo quatro deles em Masters 1000.
O sérvio, na mesma idade, tinha “apenas” cinco taças em casa, e a única delas da primeira prateleira era a do Masters 1000 de Miami — nenhum Slam. O suíço tinha uma carreira ainda mais modesta: apenas um troféu, no ATP de Milão.
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A comparação mais cruel para Alcaraz é justamente a mais recorrente, com o também espanhol Nadal. Fenômeno do saibro desde muito jovem, o Touro conquistou seus dois primeiros Slams (Roland Garros, em 2005 e 2006) antes de Carlitos. E já ostentava seis taças de Maters 1000. Ele ficou para trás, porém, na corrida pelo número 1: Alcaraz chegou lá quase três anos mais novo que seu compatriota.
As comparações continuarão acompanhando Carlitos. E irão além dos números, como destacou o próprio Djoko em Wimbledon:
— As pessoas têm falado, nos últimos 12 meses, sobre o jogo dele consistir em certos elementos de Roger, Rafa e meus. Eu concordaria com isso. Acho que ele tem o melhor dos três mundos.