“Nunca tive um início de trabalho tão difícil como no Santa”, diz Brigatti
Técnico salientou cenário conturbado, mas ressaltou confiança em uma evolução do time
Com o empate em 1x1 com o Sport, no Arruda, pelo Campeonato Pernambucano 2021, o Santa Cruz chegou ao quinto jogo consecutivo sem vitórias na temporada. Começo complicado que o técnico João Brigatti reconhece e destaca como o mais desafiador na carreira.
“Nunca tive um início de trabalho tão difícil como no Santa Cruz. Com renovação, jogos em andamento, troca de diretoria - que tem nos dado todo apoio necessário -, três campeonatos em disputa...situação complicada. Não adianta pedir calma, que o torcedor entenda a situação. Ele é passional e quer ver o time vencer. O que me deixa feliz não é o resultado do empate, mas sim a mudança de comportamento dos atletas. Hoje, inicia-se uma nova fase dentro do Santa. Vamos buscar sempre a vitória. Esse é um perfil meu e não vou abrir mão disso”, afirmou.
“Estamos trocando um pneu de carreta em uma descida, em alta velocidade. Mas não estou aqui para pedir calma. Apenas que respeitem a gente. Estamos sendo execrados pelo início ruim, mas tudo tem um motivo. Precisamos nos preparar para a vitória e é isso que temos feito aqui. Queremos fazer um Santa vencedor, campeão”, completou.
Sobre o jogo, Brigatti destacou a mudança de postura no segundo tempo, após sair atrás do placar. “No primeiro tempo, pegamos uma equipe acostumada a jogar de forma reativa, bem montada por Jair. Tem uma qualidade técnica e física que nos trouxe problemas. Mas jamais deixamos de propor jogo. Nossa equipe insistia em bolas por dentro, tudo que o Sport queria. No gol, eles fizeram uma abafa na nossa defesa e conseguiram o 1x0. No segundo, mudamos algumas peças e a equipe teve evolução. Adiantamos a linha de marcação, trabalhando por dentro e pelos lados. O resultado refletiu a mudança de comportamento”, frisou.
Pipico
O técnico também elogiou o desempenho de Pipico no Clássico das Multidões. Acionado no segundo tempo, o atacante marcou o gol de empate. “Ele já atuou como extremo e, nessa situação, ele se comportou bem. Entrou pelos lados, mas fazendo a função de segundo atacante, entrando na área, tanto é que fez o gol. Fico feliz pelo comportamento dele. Ele ficou no banco, mas se propôs a ajudar a equipe. Ele é um centroavante nato, sabe fazer gol. Já provou isso aqui, mas precisa de mais condicionamento físico. A evolução será visível”, pontuou.