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‘Os árbitros têm medo de marcar pênalti para o Náutico desde Vuaden’, diz dirigente

Vice-presidente do Náutico, Diógenes Braga, aponta que existe um temor da arbitragem por conta de lance polêmico no jogo contra o Paysandu, pela Série C do ano passado

Diógenes Braga, vice-presidente do clubeDiógenes Braga, vice-presidente do clube - Foto: Léo Lemos/Náutico

Jean Carlos cobra falta para Erick e o camisa 33 cai dentro da área. Torcida e atletas pedem pênalti, mas o árbitro manda o jogo seguir. Decisão que causou revolta dos alvirrubros, no empate em 1x1 com o ABC, nos Aflitos, pela Copa do Nordeste. O que poderia explicar a não marcação do lance? Na visão do vice-presidente do clube, Diógenes Braga, o motivo é um temor relacionado ao polêmico lance do ano passado, pela Série C, contra o Paysandu, na partida que assegurou o acesso do Timbu à Série B.

“Os árbitros tem medo de marcar pênalti a favor do Náutico desde aquela história do Vuaden”, cravou o dirigente. A frase faz alusão à penalidade marcada por Leandro Vuaden, nos acréscimos da partida pelas quartas de final da terceira divisão, contra o Paysandu. O Papão reclamou do lance e chegou a entrar na Justiça pedindo anulação da partida – não acatada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A partida terminou empatada em 2x2 no tempo normal. Nas penalidades, os pernambucanos venceram e subiram à Segundona. 

“Para marcar pênalti a favor do Náutico, você precisa pegar um machado e bater na cabeça do jogador. Se Gilberto Castro Júnior tivesse marcado o pênalti que tivemos contra o Afogados, nossa situação (no Campeonato Pernambucano) era outra. Hoje também tivemos um pênalti escandaloso em cima de Erick. O segundo lance eu não acho que foi e, inclusive, Erick poderia ter recebido o cartão amarelo. Mas o primeiro foi. Não é proibido marcar pênalti para o Náutico. Tem de fazer que nem o juiz do jogo contra o Toledo (Copa do Brasil), que viu e assinalou”, disse Diógenes.

“Eu me lembro de que, no jogo seguinte ao do Paysandu, contra o Juventude, a arbitragem foi horrível. Depois disso, quando o árbitro não tem uma convicção absurda do lance, ele não marca pênalti para nós. O árbitro não é dono do futebol. Ele também precisa ser questionado. Só quero ver quando isso vai terminar. As coisas estão se encaminhando para as fases decisivas. Espero que a gente se classifique no Campeonato Pernambucano e na Copa do Nordeste. Aí, eu quero ver se um lance como esse vai nos desclassificar. No jogo do Paysandu, os auditores do STJD mesmo disseram que foi pênalti. Não estou dizendo que isso (pênalti) justifica o resultado de hoje, mas atrapalha e tem de acabar”, finalizou.

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