Para onde vai Neymar? Veja tudo o que se sabe sobre o futuro do craque
Após comunicar desejo de sair do PSG, atacante brasileiro avalia cenários e não tem sequer multa para eventual saída em momento de desvalorização
Neymar e PSG estão em tratativas avançadas para abreviar a passagem do atacante brasileiro no clube, segundo a reportagem apurou. Tanto o jogador e seus representantes como os dirigentes tentam encerrar o vínculo, que iria até 2027, entre o fim de agosto e o fim de setembro.
O primeiro prazo é quando se encerra a transferência na Europa toda, e no mês seguinte na Arábia Saudita especificamente, destino colocado como opção após certa resistência de Neymar.
O Al-Hilal, de Jorge Jesus, já fez uma aproximação, que pode evoluir para uma proposta oficial em breve. A intenção do clube árabe, segundo o L'Equipe, é oferecer um salário de 80 milhões de euros por ano (cerca de R$ 430 milhões por ano), praticamente o dobro do que o craque recebe na França.
Um fator que pode facilitar a saída é que nesta fase do contrato não há multa rescisória. Basicamente o clube interessado precisa fazer uma oferta de compra, e tanto o PSG como Neymar aceitarem valores e salário, respectivamente.
Nesse momento, o pai do jogador e o seu empresário conduzem as conversas com os dirigentes da equipe francesa em busca de uma solução. Há algumas possibilidades sobre a mesa de negociações e tantas outras descartadas.
Ser vendido a um clube árabe e depois emprestado ao Barcelona é uma das alternativas viáveis. Voltar à Espanha é desejo de Neymar, mas ele enfrenta resistência na equipe catalã, sobretudo do técnico Xavi, com quem jogou. A outra solução seria uma negociação com outra grande liga, em especial a inglesa. Seria uma espécie de nova tentativa de redenção para Neymar, que aos 31 anos está em baixa após uma Copa do Mundo ruim. Há alguns clubes no radar.
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Mesmo na curva descendente, o atacante descarta, em função dos valores que recebe, uma volta ao Brasil no médio prazo. A possibilidade só será avaliada após um novo ciclo no continente europeu ou em mercados de maior receita. Mesmo na MLS, dos Estados Unidos, a escolha teria que partir de um projeto que não quebre o equilíbrio entre os clubes do país. Por exemplo, Neymar não poderia ir para o Inter Miami de Messi, pois a MLS não permitiria a operação. A mesma lógica vale para as equipes da Arábia Saudita, que também funcionam a partir desse tipo de fair play. Para jogar em um clube do país, o balanço competitivo também deveria ser preservado.
Nesse cenário Neymar seria opção, por exemplo, no Al Hilal comandado por Jorge Jesus. O dinheiro do torneio saudita vem do mesmo lugar, mas os atletas são distribuídos para equiparar a competitividade. O atacante Benzema está no Al-Ittihad FC, o astro Cristiano Ronaldo no Al-Nassr, e por aí vai. São os três clubes mais conhecidos da Arábia Saudita. Fato é que Neymar virou um elefante branco para o PSG. Ele já custou, em apenas duas temporadas, 467 milhões de euros, o equivalente a pouco mais de R$ 2 bilhões.
Foram 222 milhões de euros pagos ao Barcelona em 2017. Outros 100 milhões em impostos pela transação. O salário anual é de 35 milhões de euros. Mas o PSG precisa gastar outros 37,5 milhões de euros por ano de imposto. Segundo o CIES, especializado em determinar o valor de mercado de jogadores, Neymar é hoje apenas o 17º mais caro do mundo, com uma avaliação de 124 milhões de euros. O valor especulado para contratar o jogador está entre 50 milhões e 70 milhões de euros. Quem vai ditar quanto vale Neymar é quem apostar alto para levá-lo.