ESPORTES

Paris vai quase dobrar preço de bilhetes de metrô de Paris durante Jogos Olímpicos

Presidente da autoridade regional de transportes recomendou que moradores estoquem ingressos para fugirem dos altos valores

Sede do comitê organizador de Paris 2024, em Saint-Denis, na capital francesa Sede do comitê organizador de Paris 2024, em Saint-Denis, na capital francesa  - Foto: Julien de Rosa / AFP

O preço dos bilhetes do metrô de Paris quase duplicará durante os Jogos Olímpicos programados para julho e agosto de 2024. O objetivo é ajudar a cobrir os custos operacionais à medida que milhões de visitantes chegarem à capital francesa, informaram as autoridades.

Os bilhetes unitários serão vendidos a B(R$ 21,4) face aos atuais 2,10 euros (R$ 11,2). Já o livro de 10 bilhetes a 32 euros (R$ 171,2), face aos atuais 16,9 (R$ 90,4), indicou a autoridade regional de transportes IDFM.

Em vídeo publicado na noite de segunda-feira na rede social, a gestora da região de Paris, Valérie Pécresse, afirmou que os abonos anuais e mensais de residentes não serão afetados.

“Recuso-me a deixar que os cidadãos [da região de Paris] paguem o custo extra” causado pelos Jogos Olímpicos e estimado em 200 milhões de euros (mais de R$ 1 bilhão), disse Pécresse, que também é presidente do IDFM.

O transporte público de Paris aumentará sua frequência para transportar os cerca de 10 milhões de espectadores que visitarão a capital durante o evento olímpico.

Além dos bilhetes individuais, os turistas podem adquirir um passe especial de 16 euros (R$ 85) por dia ou 70 euros (R$ 374) por semana para viajar por Paris e sua região, incluindo aeroportos, durante o evento.

Em comparação, o passe mensal para residentes custa atualmente 84,10 euros (R$ 449).

“Estes preços são justos”, disse Pécresse, que aconselhou os parisienses a estocar bilhetes de metrô antes de julho para evitar custos excessivos.

Sistema de transporte "não ficará pronto a tempo"
O sistema de transportes de Paris não estará pronto a tempo para os Jogos Olímpicos de 2024 na capital francesa, afirmou a prefeita da capital da França, provocando a ira de opositores políticos na quinta-feira passada (23).
 

A menos de um ano do início do evento, a infraestrutura de transportes em Paris já está sob enorme pressão, com passageiros e turistas queixando-se da frequência e da grade dos modais, da superlotação e da falta de limpeza.

Em entrevista ao talk show Quotidien, na TMC TV, Hidalgo disse que, embora a infraestrutura dos Jogos esteja pronta, "há duas coisas para as quais não estaremos preparados". Ela citou o sistema de transportes e também o problema das pessoas em situação de rua.

— Temos problemas nas questões diárias de transporte e ainda não conseguimos atingir o conforto e a pontualidade necessários aos parisienses — afirmou. — Há lugares onde o transporte não estará pronto e não haverá trens suficientes.

Os opositores políticos criticaram a prefeita, que está sob pressão desde a descoberta, este mês, de que estendeu uma viagem oficial a um território francês do Pacífico, o Taiti, no mês anterior, com uma visita privada de duas semanas ao paraíso de férias.

Os críticos apelidaram a controvérsia de "Taitigate" e acusaram a prefeita de tentar disfarçar sua ausência postando imagens de arquivo dela em canais de mídia social em Paris, incluindo um vídeo dela andando de bicicleta ao longo do Sena. Hidalgo negou ter cometido qualquer irregularidade.

O ministro dos Transportes, Clement Beaune, um aliado próximo do presidente Emmanuel Macron, acusou Hidalgo de não estar presente nas reuniões do comitê destinadas a discutir a infraestrutura de transportes.

“A senhora Hidalgo não está lá, não participa de reuniões de trabalho, mas tem uma opinião para os outros. Que respeito ela tem pelos nossos funcionários públicos e pelos parisienses!”, escreveu ele no X, antigo Twitter.

Valerie Pecresse, chefe da região de Île-de-France que inclui Paris, agradeceu aos funcionários dos transportes de Paris pelos seus esforços. “É um imenso trabalho coletivo que não deve ser manchado por uma prefeita ausente”, acrescentou.

Durante a entrevista, Hidalgo disse querer aproveitar os Jogos Olímpicos como uma oportunidade para encontrar uma solução a longo prazo para a questão das pessoas que dormem nas ruas e dentro das estações de metrô de Paris.

— Todos concordam com a necessidade de progredir. Temos de fazer progressos, mas ainda não chegamos lá — disse ela.

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