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Prêmio Brasil Olímpico

PBO: Chiaki Ishii, primeiro medalhista olímpico do judô brasileiro, será homenageado

O japônes, naturalizado brasileiro, foi medalha de medalha de bronze nos Jogos de Munique-1972 e vai receber o Trófeu Adhemar Ferreira da Silva na cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico

Chiaki Ishii será homenageado com o Troféu Adhemar Ferreira da Silva Chiaki Ishii será homenageado com o Troféu Adhemar Ferreira da Silva  - Foto: Gaspar Nobrega/COB

Responsável pela primeira medalha olímpica do Brasil no judô, Chiaki Ishii- japonês naturalizado brasileiro-, será homenageado com o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, oferecido aos atletas que se destacaram e construíram um legado consistente e eterno. A homenagem faz parte do Prêmio Brasil Olímpico que será realizado pelo Cômite Olímpico Brasileiro (COB) nesta sexta-feira (15), na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. 

Chiaki Ishii foi pioneiro no judô brasileiro ao conquistar a medalha de bronze nos Jogos de Munique-1972. Além do legado como atleta, Ishii tem um importante trabalho na formação e desenvolvimento de outros judocas. Em sua lendária academia na Lapa, em São Paulo, gerou outros medalhistas olímpicos como Walter Carmona e Rafael “Baby” Silva.

“Eu me sinto honrado por fazer parte do grupo seleto de grandes atletas que fizeram história e contribuíram para o esporte olímpico brasileiro. Para mim é um orgulho ver o judô que antigamente era visto como Arte Marcial e Defesa Pessoal se transformar em um Esporte Olímpico que traz medalhas e esperanças ao Brasil. Faz sentido o ditado do Mestre Jigoro Kano ‘Seiryoku Zenyo’, que significa ‘o uso mais eficiente da força’ e ‘Jita kyoei’, que significa ‘princípio de prosperidade e bem estar mútuo’. Eu sempre tive como objetivo o crescimento do Judô no Brasil e esses ensinamentos, como forma de respeito ao próximo, eu sempre preguei ao longo da minha carreira”, disse Ishii.

História de Chiaki

Chiaki tentou participar dos Jogos Olímpicos de 1964, a primeira edição em que o judô seria disputado, mas perdeu a seletiva japonesa para Isao Okano- que acabou sendo o campeão daquela edição. Após a frustração, ele viajou por alguns países da América do Sul e se estabeleceu no Brasil, numa colônia japonesa em Presidente Prudente.

Legado

Desde Los Angeles 1984, judocas brasileiros têm marcado presença no pódio, além de colecionarem conquistas em Campeonatos Mundiais e Jogos Pan-americanos, tanto no masculino quanto no feminino. E muito disso se deve ao “samurai brasileiro”.

“Sensei Ishii é patrimônio do esporte brasileiro, pioneiro e nossa base de referência. Ele permitiu aos futuros atletas continuarem sonhando. É um ídolo. Foi uma enorme referência para os meus técnicos e, consequentemente, para mim também. Sensei Ishii é a nossa base, ele precisa ser presente em todas as gerações”, afirmou Ketleyn Quadros, judoca que se tornou a primeira atleta brasileira a conquistar uma medalha em esporte individual, o bronze em Pequim 2008.

Adhemar Ferreira da Silva

Adhemar Ferreira da Silva, que dá nome ao prêmio, foi o primeiro brasileiro bicampeão olímpico. Ele conquistou o ouro no salto triplo nos Jogos de Helsinque-1952 e Melbourne-1956. Ele também disputou as edições de Londres-1948 e Roma-1960. 

Além dos resultados expressivos, o brasileiro criou uma comemoração que se tornou tradicional nos Jogos. Em Helsinque 1952, ao celebrar o ouro, deu a primeira volta olímpica da história em um estádio. Adhemar faleceu em 2001 aos 74 anos. 

Confira todos os homenageados com o Troféu Adhemar Ferreira da Silva:

2001 – Nelson Prudêncio – Atletismo
2002 – João Gonçalves Filho - Natação e Polo Aquático
2003 – Amaury Antonio Passos – Basquete
2004 – Maria Lenk – Natação
2005 – Agberto Guimarães – Atletismo
2006 – Aída dos Santos – Atletismo
2007 – André Gustavo Richer – Remo
2008 – João Havelange - Natação e Polo Aquático
2009 – Joaquim Cruz – Atletismo
2010 – Eder Jofre – Boxe
2011 – Bernard Rajzman – Vôlei
2012 – Hortência – Basquete
2013 – Torben Grael – Vela
2014 – Vanderlei Cordeiro de Lima – Atletismo
2015 – Gustavo Kuerten – Tênis
2016 – Bernardinho – Vôlei
2017 – Lars Grael – Vela
2018 – Jackie Silva – Vôlei de Praia
2019 – Oscar Schmidt – Basquete
2021 – Janeth Arcain – Basquete
2022 - Daiane dos Santos – Ginástica
2023 – Chiaki Ishii - Judô

Prêmio Brasil Olímpico

Seis atletas estão na disputa para a principal premiação da 24° edição do Prêmio Brasil Olímpico.  Ana Patrícia e Duda (vôlei de praia), Bia Haddad (tênis) e Rebeca Andrade (ginástica artística) no feminino, e Filipe Toledo (surfe), Hugo Calderano (tênis de mesa) e Marcus D´Almeida (tiro com arco) no masculino concorrem ao Prêmio de Melhor Atleta do Ano em 2023.

O COB anunciou que a partir desta edição, o prêmio para o melhor atleta brasileiro do ano será chamado de Troféu Rei Pelé- em homenagem ao maior atleta da história do país.

A Cerimônia terá os já tradicionais prêmios aos melhores atletas de cada modalidade, mas também contará com categorias inéditas: Retorno do Ano, Equipes do Ano (masculina e feminina) e Atleta Revelação. Somam-se a estes os tradicionais Atleta do Ano (masculino e feminino), Melhor das Modalidades, Prêmio Espírito Olímpico, Melhor Técnico Individual, Melhor Técnico Coletivo e Troféu Adhemar Ferreira da Silva. 

Os vencedores das principais categorias foram escolhidos por um colegiado eleitoral de especialistas no esporte olímpico em votação até o dia 29 de novembro. Já o público será responsável por definir quais atletas levarão para casa os prêmios de Atleta da Torcida e Prêmio Inspire e os novos Atleta Revelação e Retorno do Ano. As votações acontecem pelo site https://pbo.cob.org.br até o dia da cerimônia.

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