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Jogos Olímpicos

Pedro Barros brilha e fica com a prata no skate park

Brasileiro ficou atrás apenas do australiano Keegan Palmer

Pedro Barros, medalhista de prata em Tóquio, no skate parkPedro Barros, medalhista de prata em Tóquio, no skate park - Foto: Gaspar Nóbrega/COB

O último dia de competições do skate nas Olimpíadas de Tóquio deu ao Brasil sua terceira medalha no esporte. Nesta quinta-feira (5), Pedro Barros conquistou a prata na modalidade park. Luiz Francisco e Pedro Quintas, que também avançaram para a final com boas chances, terminaram fora do pódio.

A estreia do skate no programa olímpico já havia dado duas medalhas de prata ao Brasil no street, com Kelvin Hoefler e Rayssa Leal. A conquista de Barros já podia ser vislumbrada em 2016, quando o skate teve sua estreia confirmada para os Jogos de Tóquio. Aos 21 anos, ele já era um dos grandes nomes da modalidade.

O talento precoce levara o skatista de Florianópolis a se profissionalizar aos 13. Em 2009, surgira para o mundo com o terceiro lugar nos X-Games, evento que conquistou por seis vezes entre 2010 e 2016.

Em 2018, com a modalidade já inserida no programa olímpico, foi campeão mundial de park na China. Quando venceu em Nanjing, o multicampeão Barros vivenciou uma experiência nova na carreira.

"Foi bem legal ver a bandeira do Brasil subindo num outro país, quando eu estava fazendo algo que começou de forma muito natural na minha vida e me levou até lá, numa competição daquele nível. O skate, com certeza, é algo de que o brasileiro pode se orgulhar", ele disse ao jornal Folha de S.Paulo em 2019.

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O fato de um nome influente como ele ter apoiado a entrada do esporte nas Olimpíadas ajudou a quebrar a resistência que existia por parte da comunidade do skate, que temia as possíveis consequências para as raízes de contracultura e transgressão da atividade em meio aos trâmites estabelecidos pelos Jogos.

Símbolos nacionais, como bandeira, hino e uniforme de delegação, passaram a fazer parte da realidade dos skatistas após a entrada do esporte no programa olímpico de Tóquio-2020.

O processo de adequação às normas antidoping e mesmo a questões em tese mais simples, como estabelecer uma entidade para gerenciar os campeonatos e criar um ranking internacional classificatório para as Olimpíadas, enfrentou alguns percalços.

"Se a gente estiver trabalhando unido para que o skate mantenha a sua essência, ela não vai deixar de existir. Agora, se todos os skatistas acharem que se resume a essa competição, a essência pode se perder", afirmou Pedro.

Na época, ele já afirmava que os Jogos proporcionariam uma oportunidade de extrapolar o alcance que o esporte teve no mundo até então. "Buscarei a medalha não para alavancar minha imagem, mas para ajudar o skate brasileiro. O que vai fazer a diferença é a caminhada até lá e a mensagem que estamos passando. Sinceramente, a medalha não muda quem eu sou."

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