Pelé, Zidane, Messi... Antes de "Ibra", outros grandes retornos a seleções
Confira outros grandes craques do futebol que voltaram a defender as cores de seus países após terem se afastado de suas seleções
Assim como aconteceu com o astro Zlatan Ibrahimovic, convocado nesta quarta-feira pela seleção sueca aos 39 anos e cinco anos após sua última convocação, outros grandes craques do futebol como Pelé e Lionel Messi voltaram a defender as cores de seus países após terem se afastado de suas seleções.
Pelé
Campeão da Copa do Mundo de 1958 (na Suécia) e de 1962 (no Chile), Pelé vive um pesadelo no Mundial de 1966, na Inglaterra, vítima de entradas duras de seus adversários e da condescendência dos árbitros. Ele então decide se concentrar no Santos e não veste a camisa do Brasil nos dois anos seguintes.
Mas a Copa do Mundo de 1970 se aproxima e o astro se reencontra com sua equipe sob o comando de seu ex-companheiro de seleção, Mário Jorge Lobo Zagallo. Pelé brilha mais do que nunca no México e leva seu país ao terceiro título mundial. Sua aposentadoria pela seleção acontece um ano depois, em uma partida contra a Iugoslávia, no Maracanã.
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Paul Gascoigne
Convocado pela primeira vez para a seleção nacional em 1988 por Bobby Robson, Gascoigne marca o futebol inglês por suas excentricidades, mas também por suas lágrimas na semifinal da Copa do Mundo de 1990, na derrota nos pênaltis para a Alemanha.
Robson deixa a seleção e Gascoigne é deixado de lado por seu sucessor Graham Taylor. Ele retorna para um amistoso, mas se machuca e perde a Euro-1992. 'Gazza' se machuca novamente em 1994 e fica ausente durante um ano e meio. Em 1997, ele ajuda a Inglaterra a se classificar para a Copa do Mundo de 1998 na França, mas depois de um novo escândalo, Glenn Hoddle não o convoca para disputar o torneio. Gascoigne nunca mais vestiu a camisa da seleção inglesa.
Zinédine Zidane
Um ano após o anúncio de sua aposentadoria internacional depois de uma eliminação nas quartas de final da Euro 2004, Zidane anuncia seu retorno aos Bleus. Sob o comando de Raymond Domenech, 'Zizou' leva a França à final da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, mas termina sua carreira extraordinária com uma famosa cabeçada no peito do italiano Marco Materazzi, que acaba provocando sua expulsão. A França, que abriu o marcador com um pênalti cobrado por 'ZZ', de 'cavadinha', perdeu nas penalidades máximas e a aventura na seleção francesa do atual treinador do Real Madrid termina com um gosto amargo.
Ronaldinho Gaúcho
Pentacampeão mundial em 2002 pelo Brasil, Ronaldinho Gaúcho foi regularmente convocado para a seleção. Titular na Copa do Mundo de 2006 na Alemanha, ele fica sem ser convocado durante 18 meses e não faz parte da convocação inicial para a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul. O craque é incluído apenas em uma lista de suplentes na última hora (caso algum outro jogador da lista principal se lesionasse) e acaba não participando do Mundial. Meses depois do torneio, o craque volta a ser convocado regularmente, até 2013.
Lionel Messi
Messi, que em sua carreira obteve inúmeras conquistas no Barcelona, acumula decepções com a seleção da Argentina, o que o levou a deixar temporariamente a 'Albiceleste'. Após a derrota na final da Copa de 2014 e um ano depois na decisão da Copa América 2015, a seleção voltou a perder o título da Copa América, em 2016.
"A primeira coisa que me veio à cabeça e pensei no vestiário é que já deu, a seleção acabou para mim. Já são quatro finais, não é para mim. Infelizmente procurei, era o que eu mais queria, não me foi dado, mas acho que deu", declarou o astro no dia 26 de junho de 2016.
Uma frase que caiu como uma bomba entre os torcedores argentinos. Mas essa aposentadoria internacional do maior artilheiro da história da seleção albiceleste não durou muito: Messi voltou atrás dois meses depois e mais tarde disputou a Copa do Mundo de 2018... sem muito mais sucesso: eliminação nas oitavas de final contra a França (4-3) e uma nova pausa internacional para o seis vezes vencedor da Bola de Ouro, que ficou ausente da equipe até o início de 2019.