Pernambucano Balotelli critica material recebido para disputar os Jogos de Paris: "Foi broxante"
Atleta do decatlo, Fernando Balotelli se encaminha para a sua primeira edição de Jogos Olímpicos
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Aos 25 anos, o pernambucano José Fernando Ferreira Santana, conhecido como Balotelli, está se preparando para sua estreia nas Olimpíadas em Paris.
Natural de Pesqueira, no agreste do Estado, o atleta da modalidade decatlo expressou sua frustração ao receber o material esportivo da seleção brasileira para o evento, composto apenas por três peças de roupas.
"Vocês não tem ideia do quanto foi broxante receber o material da seleção. Sempre achei que nas Olimpíadas receberíamos uma mala de materiais, com tênis, roupas e sapatilhas, mas parece que não é bem assim para nós", publicou o atleta em seu perfil na rede social X.
Vocês não tem ideia do quanto foi broxante receber o material da seleção sempre achei que nas olimpíadas receberíamos uma mala de materiais, com tênis, roupas e sapatilhas mas parece que não é bem assim pra nós pic.twitter.com/FjzE7wtZPl Balotelli (@ferrazdecatlo) July 22, 2024
Com o desafio da falta de patrocínio nos Jogos de Paris, o pernambucano desabafou nas redes sociais ao perceber que terá que arcar com os custos de alguns materiais utilizado durante as provas, como os pares de sapatilhas.
À Folha de Pernambuco, o atleta havia revelado o valor de cada par, que varia entre R$ 800 e R$ 1,2 mil.
"Eu faço a prova do decatlo, onde utilizo sete sapatilhas de modelos diferentes, cada uma para prova específica. Estou indo para os Jogos Olímpicos sem patrocínio de marca esportiva, ou seja, vou investir do meu dinheiro para comprar as sapatilhas, sei que vai me ajudar muito", pontuou.
Irei passar mais de 20 horas na pista de atletismo, dois dias de competição dividido em 4 etapas, e recebi como material, 1 regata, 1 macaquito, um short balãozinho assim que acabar as provas do primeiro dia, irei voltar pra vila e lavar logo meu material, ou competir com sujo Balotelli (@ferrazdecatlo) July 22, 2024
Balotelli também fez uma comparação com um kit de material esportivo recebido por um atleta da delegação espanhola, que incluía uma variedade de uniformes, tênis e outros acessórios.
Em outras seleções, é assim que funciona! pic.twitter.com/2N2acbJPgq
Balotelli (@ferrazdecatlo) July 22, 2024
À Folha de Pernambuco, um representante do Comitê Olímpico do Brasil (COB) afirmou que "todos os atletas da delegação brasileira recebem da entidade, ao chegarem em Paris, uma mala e kit de uniformes e acessórios da marca Peak, patrocinadora e fornecedora de materiais esportivos do Comitê."
O COB também pontuou que os uniformes de treino e competição são fornecidos pelos patrocinadores de cada confederação.
O decatlo
Tendo o pernambucano como representante, o decatlo consiste na soma de dez modalidades a serem disputados no período de dois dias: 100 metros rasos; salto em distância, arremesso de peso, salto em altura, 400 metros rasos (1º dia); 110 metros com barreiras, lançamento de disco, salto com vara, lançamento de dardo, 1500 metros (2º dia).
Outros casos
O caso de Balotelli não foi o único. No último domingo (21), a atleta do lançamento de disco, Izabela Rodrigues da Silva, também publicou um desabafo sobre os uniformes entregues pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), em parceria com a Puma.
Segundo Izabela, ela recebeu roupas masculinas por falta de peças femininas de tamanho G, com a justificativa de que não haveria numerações maiores que M nos uniformes femininos.
"Estou bem chateada, porque pedi algumas peças masculinas, e eles me deram todas. Já as femininas, não me deram nada. Recebi 19 peças, contando com a mochila e os bonés, e o feminino ganhou 30 peças. Sabe como isso é triste? Pegar seu uniforme para a competição e fazerem uma dessas, falando que não tem numeração? Um top vai até o M. Eu acho que não dá nem para rir de nervoso, de tanta tristeza. Só porque eu sou um pouco maior, e daí? Pede um pouco maior", pontuou a atleta.