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Futebol Pernambucano

Pernambucano: torcida única, impasse financeiro e fórmula; confira o que foi discutido no arbitral

Durante conselho técnico, nesta quarta-feira (23), foram definidos mandos de campo, presença de torcida visitante, entre outros aspectos

Com a presença dos representantes dos dez clubes, Conselho arbitral definiu questões técnicas do Pernambucano 2025 Com a presença dos representantes dos dez clubes, Conselho arbitral definiu questões técnicas do Pernambucano 2025  - Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

O Campeonato Pernambucano de 2025 está quase todo fundamentado. Nesta quarta-feira (23), na sede da Federação Pernambucana de Futebol (FPF-PE), os clubes que vão disputar o torneio, discutiram o Conselho Técnico, momento que define o modelo e outros aspectos técnicos da competição, que seguirá a mesma forma dos anos anteriores. O único grande impasse, que precisará de mais negociações, foi ao tocante financeiro, em que os clubes e federação decidiram esperar números mais claros do próximo orçamento. 

Projetado para iniciar na segunda semana de janeiro, o Pernambucano de 2025 seguirá o mesmo modelo dos anos anteriores. Apesar da apresentação de um novo modelo - com até 26 clubes -, não houve unanimidade sobre o novo formato e Central e Maguary vetaram a proposta. Para a próxima temporada, um novo modelo só poderia ser implementado com a aceitação de todos os clubes, assim como está previsto pela Lei Geral do Esporte. Assim, a proposta fica guardada para 2026. 

Dessa forma, a Série A1 continua a ser composta por dez times e os dois primeiros colocados da fase classificatória avançam direto às semifinais. Do terceiro ao sexto se enfrentam em confrontos únicos nas quartas de final, na casa do time melhor classificado. Semi e finais serão disputadas em jogos de ida e volta. Em resumo, serão 14 datas no total, ainda acima do que projeta a Federação, que deseja um torneio de até 11 datas. 

Nova taça do Campeonato Perambucano de 2025Nova taça do Campeonato Perambucano de 2025 - Rafael Vieira/FPF

Por esse aperto na quantidade de datas, os times acataram, por unanimidade, que se possa realizar jogos do mesmo clube com um intervalo mínimo de até 24 horas. Desde que os mesmos atletas não sejam utilizados duas vezes. Mas essa passa como uma possibilidade.  

Sem torcida única 

Das decisões mais técnicas, os clubes decidiram que não haverá jogos com torcida única, contudo, isso poderá ser revertido. Caso aconteça algum caso de violência e a FPF receba pedidos do Ministério Público, Polícia Militar ou Secretaria de Defesa Social, poderá ser tirado a presença das torcidas visitantes. 

Ainda sobre os visitantes, nos jogos envolvendo os três grandes, Sport, Santa Cruz e Náutico, a disponibilidade será discutida entre os clubes, federação e órgãos públicos. Ainda que, o presidente Evandro Carvalho tenha ressaltado, que Aflitos, Ilha do Retiro e Arruda tenham dificuldades para receberem uma grande quantidade de torcedores de fora. 

Para os clubes intermediários, ficou determinado que ficará ao cargo deles sobre a carga disponível para os times visitantes. Essa medida garante, que quando receberem os três grandes clubes do Estado, possa obter uma renda maior. 

Aprimoramentos  

Ainda na reunião do Conselho Técnico, Evandro Carvalho apresentou um acordo junto ao Ministério Público, em que os principais estádios do Estado precisam instalar câmeras de reconhecimento facial. Segundo o mandatário, Ilha do Retiro, Arruda e Aflitos só serão liberados com esse aprimoramento. 

Além disso, Evandro afirmou que qualquer clube só poderá sediar uma partida em seus domínios, caso consiga apresentar os laudos técnicos até cinco dias antes da partida seguinte.  

Evandro Carvalho, presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF-PE)Evandro Carvalho, presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF-PE) - Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

Impasse

Por último, os clubes discutiram a divisão financeira do montante do Campeonato Pernambucano. Porém, ainda não chegaram em um acordo definitivo. Conforme o presidente da FPF projeta, o torneio terá um orçamento de R$ 3 milhões. Preliminarmente, R$ 1 milhão seria destinado ao Trio de Ferro, outro R$ 1 milhão para ser dividido entre os outros sete clubes e o restante para as despesas da competição. 

Ainda que estejam de acordo com isso e com um percentual de premiação 70% para o campeão e 30% para o vice, daquilo que ainda será arrecadado, os clubes ainda desejam que números mais claros sejam estabelecidos para a definição 

“Na próxima semana já terei todo o levantamento de arbitragem, registro de jogadores, o custo da operação e a gente faz o acerto. Como estamos trabalhando em cima de uma expectativa que não temos os valores, vamos separar tudo isso e aí fazemos a divisão”, resumiu Evandro Carvalho.   
 

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