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Pedestrianismo

Pernambucano faz percurso de Olinda ao interior de São Paulo correndo

Fábio Jacinto Braz iniciou trajetória no dia 19 de outubro e está em Minas Gerais

Fábio Jacinto durante trajetória rumo a São PauloFábio Jacinto durante trajetória rumo a São Paulo - Foto: Reprodução/Instagram

Como você faria para percorrer os quase 2.600 quilômetros que separam Olinda, na Região Metropolitana do Recife, de São José dos Campos, no interior de São Paulo? Muitos optariam por chegar ao destino da forma mais rápida, de avião, enquanto outros se arriscariam a ir de ônibus ou até mesmo de carro. Mas já imaginou fazer o percurso correndo?  Foi dessa forma que o pernambucano Fábio Jacinto Braz decidiu fazer o trajeto, iniciado em 19 de outubro.

"Não recomendo a ninguém fazer isso. Salvo se for acompanhado por alguém. Para mim, é satisfatório, gosto da paisagem (risos)", brinca Fábio.

No entanto, a história desse percurso feito por Fábio não foi planejada do dia para a noite. Foi algo que o morador do bairro de Ouro Preto, em Olinda, afirmou que faria há 13 anos, mas que só teve a “oportunidade” de colocar em prática neste ano.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Atualmente, Fábio já percorreu aproximadamente 1.380 km. Até a publicação deste texto, ele se encontrava na cidade de Medina, em Minas Gerais, conforme divulgou em seu perfil no Instagram.

Acostumado a correr maratonas, tem encarado distâncias acima dos 50 km quase que diariamente. No último dia 26, por exemplo, fez o maior percurso em único dia até aqui: 68 km entre as cidades de Manoel Vitorino e Planalto, na Bahia. A expectativa é concluir o objetivo até o final do ano.

"A maior dificuldade é encontrar água, posto de gasolina, restaurante, comida e até onde dormir. Na Bahia, em um percurso de 50 km, na maioria das vezes, eu só via estradas e caminhões. Mais nada!", detalhou. “A soma de tudo isso é que à noite para dormir é horrível”, seguiu.

“Estou com Jesus”

Aos 53 anos, Fábio percorre o trajeto planejado de forma solitária. “Estou com Jesus”, brincou. Sem patrocínio, conta com a ajuda de amigos e terceiros para ‘sobreviver’. Ele conta que gasta, em média, R$ 60 com refeição diariamente, mas tem outros gastos com remédios e hospedagem. No entanto, garante que já dormiu em barracas em postos de gasolina. Em algumas ocasiões, consegue desconto ao contar sua trajetória.

“Eu não tenho nenhum patrocínio. Alguns amigos e corredores me ajudam com Pix. Já cheguei a dormir em barracas em postos de gasolina, mas hoje consigo desconto em hospedagem. Em algumas oportunidades, acabo não gastando. Conto minha história e ganho de graça", contou.

Autônomo, Fábio trabalha com micro pintura automotiva. Solteiro, perdeu o único filho em 2016, mas busca matar a saudade dos netos sempre que pode entre um pit stop e outro. Bryan, de 10 anos, e Yasmin, de 13 anos, também são amantes do pedestrianismo e praticam natação com o avô, em Olinda. “Falo com eles todos os dias. Eles perguntam se vou demorar muito”, relatou.

Em relação ao retorno a Pernambuco, Fábio informa que ainda não sabe qual meio de transporte será o escolhido. Ele pretende passar um mês de férias no interior paulista. “Volto de qualquer coisa, menos correndo (risos)”, finalizou.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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