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Pernambucano, Guga Zloccowick conquista o mundo com o beach soccer

Treinador dirige a seleção paraguaia que estreia hoje no Mundial da modalidade, nas Bahamas

Treinador pernambucano já ganhou títulos com seleções de outros continentes na modalidadeTreinador pernambucano já ganhou títulos com seleções de outros continentes na modalidade - Foto: Divulgação

Após participações discretas nos dois últimos mundiais, em 2013 e 2015 respectivamente, os quais não conseguiu passar da primeira fase, a seleção paraguaia de beach soccer busca passar pelo primeiro desafio internacional da temporada: avançar na Copa do Mundo Fifa 2017 disputada nas Bahamas. Para isso, o grupo tem no comando o treinador pernambucano Guga Zloccowick. Com passagens pela seleção brasileira, Portugal, Rússia, Bahrein, Azerbaijão e Emirados Árabes Unidos, ele carrega na mala junto à bandeira do Estado, bastante experiência e um vasto currículo no esporte.

Nascido no Recife, ele começou a carreira como técnico em 1997, nos colégios particulares da cidade. Além das equipes masculina e feminina de beach soccer e de futsal feminino do Colégio Boa Viagem - instituição em que estudou durante a vida inteira - ele também foi assistente técnico e preparador físico das equipes masculinas do CBV, vindo a assumir um tempo depois a seleção pernambucana.

Hoje, aos 40 anos, ele lembra da época em que foi atleta e se orgulha da sua trajetória até se tornar campeão de futebol de areia em três continentes diferentes: Europeu, Asiático e Sul-Americano. “Eu fui atleta de futsal por 12 anos. Também joguei futebol de campo durante quatro anos, nos juniores do Sport Club do Recife e passei seis meses no profissional do América/PE. Como técnico, sou campeão árabe, campeão da Copa América e Mercosul-2012 e campeão do Mundialito, em 2003, à frente do time de Portugal. Título inédito para o País, que havia perdido seis anos seguidos para o Brasil. Minha trajetória no esporte, graças a Deus, vem sendo muito boa e hoje posso me considerar um dos técnicos mais renomados do mundo”, disse.

Seleção Brasileira

Grande passo na carreira de Guga, ele comandou o Brasil de novembro de 2011 a dezembro de 2012 e avalia sua passagem pelo grupo como conturbada. “Minha passagem como treinador do Brasil foi um pouco tumultuada, pois havia muitos problemas internos entre o ex-presidente da Confederação Brasileira de Beach Soccer e a empresa que promovia os eventos esportivos. Também foi o período em que voltei do Bahrein - País onde morei seis anos e passava por protestos políticos contra o rei naquele momento - senti muita diferença na organização para trabalhar em relação ao que estava acostumado”, afirmou o treinador.

Apesar do início turbulento, o pernambucano ressaltou a importância do trabalho de renovação no elenco. “Colocamos mais de 20 jogadores novos que nunca tinham vestido a camisa da seleçãoa e dos atuais 12 atletas selecionados para a disputa do mundial em Bahamas, sete começaram comigo em 2011”, endossou.

As desavenças na parte financeira e principalmente na parte organizacional fizeram com que Guga aceitasse o convite do presidente da Confederação de Futebol do Bahrain, Shaikh Ali Bin Khalifa, para voltar a treinar o selecionado daquele país. “Pedi para sair da seleção brasileira e voltei ao Bahrain em janeiro de 2013. Foi maravilhoso, pois tive o prazer e a oportunidade de ser técnico da seleção do meu país, dar esse orgulho à toda minha família e amigos, porém não dava mais para ficar”, finalizou.

Há apenas cinco meses na seleção do Paraguai, ele já conquistou resultados expressivos como os vice-campeonatos da Copa América, Sul-Americano e dos jogos Bolivarianos no Chile, além da difícil classificação para o Mundial de Bahamas.

Visando o torneio deste ano, Guga veio com a seleção paraguaia para o Recife, onde realizou um trabalho de preparação em São José da Coroa Grande. Nas areias do Caribe, eles já realizaram quatro amistosos contra Irã, Itália, México e Bahamas. Na estreia, marcada para esta sexta-feira (28), o treinador tem um reencontro com sua ex-seleção - o Paraguai enfrenta os Emirados Árabes Unidos.

Planos

Com o contrato com a Confederação Paraguaia até novembro deste ano e o nascimento do filho previsto para o final de junho, ele garantiu que pretende passar uns dias com a família na capital pernambucana e revelou seus próximos objetivos.
“Em 2018 penso em voltar para o futebol de campo, não sei se no exterior ou no Brasil. Tenho uma vontade enorme de treinar um clube grande de Pernambuco, enquanto isso vou estudando todos os dias e fazendo cursos quando a agenda me permite. Também quero aproveitar mais tempo com a minha família, que amo demais”, finalizou.

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