Perspectiva: veja o que esperar do esporte em 2025
Ano terá Sport de volta à Série A, enquanto Santa, Náutico, Retrô e Central buscarão acessos
Planos, metas e sonhos. Panoramas, cenários e expectativas. Apontar as perspectivas para o esporte em 2025 é unir diversas palavras dentro de uma mesma ideia: imaginar o que pode acontecer no tempo vindouro. A Folha de Pernambuco fará um exercício de futurologia nas próximas linhas para tentar projetar o destino de clubes, modalidades e competições nesta temporada. Um vislumbre de um horizonte que já começa a se formar.
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Pernambuco
Em 2025, Pernambuco terá cinco clubes nas quatro principais divisões do futebol brasileiro. Apenas um na elite: o Sport. Em um cenário com outros nordestinos ganhando maior destaque nacionalmente, como Bahia e Fortaleza, o Leão quer equilibrar a balança regional, tentando não somente evitar a queda como também, inspirado nos tricolores acima, buscar uma vaga em uma competição internacional. Para isso, os pernambucanos sabem que é preciso investir.
“Para 2025, os desafios são muito maiores. O que precisava fazer para reestruturar o clube do ponto de vista administrativo, financeiro e de patrimônio, a gente já fez, mas têm muitas outras coisas para serem feitas. Estamos saindo de um top 3 de orçamento da Série B para um dos três piores orçamentos da Série A. O orçamento ideal, para a gente não correr risco, seria uma média de folha da ordem de R$ 8,5 milhões a R$ 9 milhões", indicou Yuri Romão, presidente do clube.
No Náutico, o foco é o processo que envolve a possível mudança de gestão do clube para a Sociedade Anônima de Futebol (SAF). No final do ano, o Timbu assinou uma proposta não vinculante para negociar 90% das ações. Em caso de assinatura da proposta vinculante, a venda terá que ser aprovada no Conselho Deliberativo para, posteriormente, ir para votação na Assembleia Geral de Sócios.
“Temos um planejamento de 2025 com e sem a SAF. A chegada dele pode reforçar isso. Podemos dizer que o ano começa diferente pelo fato de termos uma base com a renovação de atletas, além da mudança na estrutura também dos departamentos, com a volta da vice-presidência de futebol, análise de desempenho e o auxílio de Kuki nos treinamentos. Tudo isso nos mostra que nosso resultado neste ano será diferente”, argumentou o presidente do Náutico, Bruno Becker.
Debutando
Estreando na Série C, o Retrô pensa alto. “Nossa expectativa é o acesso e a luta pelo título. Montamos uma equipe de um nível de meio de tabela da Série B. Fizemos 15 contratações, renovamos com 30% da base e, internamente, remodelamos as áreas de saúde no clube. Mudamos de patamar e isso precisa acontecer no campo e administrativamente”, indicou o presidente da Fênix, Laércio Guerra.
Voltando a ter calendário nacional em 2025, o Santa Cruz apostou na vinda de alguns velhos conhecidos, como os zagueiros William Alves e Everton Sena, capitaneados pelo técnico Itamar Schulle. A principal competição do ano será a Série D do Campeonato Brasileiro. Para subir, o Tricolor projeta uma folha salarial de R$ 800 mil, mas indica que o aumento das verbas só acontecerá, a curto e médio prazo, com a implementação da SAF ou com a classificação para a fase de grupos na Copa do Nordeste. A equipe disputa a etapa preliminar, perante o Treze.
Quem também estará na Série D é o Central. A equipe é comandada pelo técnico Rafael Jacques e chega com o intuito de retomar o protagonismo entre os clubes do interior do estado.
Mundial
O ano também marcará a estreia do Super Mundial de Clubes, torneio que será disputado nos Estados Unidos, reunindo equipes de todo o planeta. O Brasil terá como representante os campeões recentes do País na Libertadores: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras
Quanto à Seleção Brasileira, 2025 terá os seis jogos finais das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo. O Brasil está atualmente em quinto lugar, com 18 pontos. Os seis primeiros avançam para o Mundial de 2026, enquanto o sétimo disputará a repescagem.
“Esse mundial é uma reunião de clubes de planetas diferentes no grande universo do futebol. Os clubes sul-americanos estão um ou dois níveis abaixo dos representantes da elite europeia. Sendo assim, o que se espera dos brasileiros é competir da melhor forma possível. Ter um pouco de sorte não faria mal também. O que pode ser feito para diminuir essa disparidade não cabe aos clubes brasileiros, mas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), assim como a melhora da seleção não cabe ao técnico somente. Os problemas criados pela gestão amadora da CBF prejudicam a seleção de forma muito mais danosa do que qualquer tema ligado à competência da comissão técnica ou dos jogadores”, apontou o jornalista André Kfouri, dos canais Disney/ESPN.
Quadras
No vôlei, as seleções brasileiras masculina e feminina disputarão o Mundial. Os homens jogarão entre os dias 12 e 28 de setembro, nas Filipinas. A equipe está no Grupo H, ao lado de República Popular da China, República Tcheca e Sérvia. Na edição mais recente, em 2022, eles ficaram com o bronze.
No feminino, as atuais vice-campeãs mundiais e medalhistas de bronze nos Jogos de Paris-2024 estão no grupo C ao lado de Porto Rico, França e Grécia. O Mundial ocorre entre os dias 22 de agosto e 7 de setembro de 2025, na Tailândia.
No basquete, as eliminatórias da América Cup entrarão na fase final a partir de fevereiro. A seleção brasileira masculina está no Grupo B, ao lado de Uruguai, Paraguai e Panamá. A competição será disputada na Nicarágua, entre os dias 23 e 31 de agosto.
Na Fórmula 1, Gabriel Bortoleto será o representante do Brasil em 2025. O brasileiro de 20 anos acertou com a Sauber, fazendo com que o país volte a ter um piloto na categoria desde a saída de Felipe Massa, em 2017.