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Autismo

Maior medalhista paralímpico, Phelipe Rodrigues visita o Instituto do Autismo, na Zona Sul do Recife

Durante a visita, Phelipe pôde conhecer a estrutura do Instituto, além de socializar com as crianças atípicas do centro

Visita do nadador Phelipe Rodrigues, medalhista paralímpico, às crianças do Instituto do AutismoVisita do nadador Phelipe Rodrigues, medalhista paralímpico, às crianças do Instituto do Autismo - Foto: Clarice Melo / Folha de Pernambuco

Dono de nove medalhas paralímpicas, incluindo uma de prata nas Paralimpíadas de Paris-2024, o nadador Phelipe Rodrigues realizou, na manhã desta quinta-feira (14), uma visita ao Instituto do Autismo (IDA) de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

Durante a visita, Phelipe pôde conhecer a estrutura do Instituto, além de socializar com as crianças atípicas do centro.

“Estive aqui, no Instituto do Autismo, para conhecer esse projeto maravilhoso, essa estrutura que foi montada para proporcionar a essas crianças, a essas pessoas uma experiência e uma vivência diferente das que elas estão acostumadas. Para mim é muito bom fazer parte disso, conhecer esse projeto e ver que essa vontade traz a realização, porque era o sonho de algumas pessoas antes, e hoje está se tornando realidade”, disse Phelipe.

A visita de Phelipe animou as crianças que estavam na piscina, incluindo Antonio Miguel, de 11 anos. O jovem atípico, que mora na Comunidade do Bode, também na Zona Sul do Recife, apostou uma corrida de natação com o atleta, valendo uma medalha do campeão paralímpico.

Antônio Miguel, jovem assistido pelo Instituto do Autismo Antônio Miguel, jovem assistido pelo Instituto do Autismo. Foto: Clarice Melo / Folha de Pernambuco

Em uma melhor de três, Antônio venceu uma e Phelipe duas. Apesar da “derrota” do garoto, ele gostou bastante da experiência e ficou impressionado com as técnicas de natação do nadador.

“Acabou que eu não ganhei, e está tudo bem. Foi incrível ter nadado com ele e eu amei a experiência. Sinceramente, ele é muito rápido. Eu só vim descobrir depois [da disputa] que ele não respirava nenhuma vez na ida e na volta. Isso é estranho, como será que ele fica tanto tempo sem respirar?”, disse Antônio.

Phelipe Rodrigues e Antônio Miguel Phelipe Rodrigues e Antônio Miguel. Foto: Clarice Melo / Folha de Pernambuco

Para além da diversão na água, a ida de Phelipe ao centro especializado também foi ressaltada no âmbito social e inclusivo, como foi o que apontou Diego Pérez, gerente executivo do Instituto.

“Estar ao lado das crianças, conversando com elas, com as famílias, ele passa a importância da inclusão e do esporte, que também tem esse papel de transformação social, integrando pessoas de diferentes realidades e mostrando o papel da transformação social que o esporte tem, principalmente, para a inclusão”, afirmou Diego.

Diego Pérez, gerente executivo do InstitutoDiego Pérez, gerente executivo do Instituto. Foto: Clarice Melo/Folha de Pernambuco.

Psicomotricidade
A psicomotricidade é a ciência que estuda o ser humano através do seu corpo em movimento, considerando tanto o mundo interno quanto o externo. 

A abordagem terapêutica na piscina é uma das várias adotadas pelo Instituto, que é responsável por proporcionar uma ambiente favorável aos assistidos.



“A natação em si já tem inúmeros benefícios, tanto para saúde física quanto para a mental. Para o público atípico, se tratando especificamente do público TEA tem outro benefícios como o momento de auto regulação, o relaxamento, o alívio da ansiedade e do estresse, além das questões sensoriais, tanto tátil, quanto o processamento sensorial”, explicou Ing Fernanda, coordenadora de psicomotricidade do Instituto.

 

Ing Fernanda, coordenadora de psicomotricidade do InstitutoIng Fernanda, coordenadora de psicomotricidade do Instituto. Foto: Clarice Melo / Folha de Pernambuco.

Ing também detalhou a importância do momento vivenciado de Antônio com Phelipe.

“Esse momento que o Antônio vivenciou foi de extrema importância, principalmente para as questões emocionais dele. Ele já conseguiu expressar o que estava sentindo, a ansiedade, a autoconfiança, que ele olha e fala ‘eu consigo ganhar’, esse entusiasmo. Isso tudo proporciona diversos benefícios como terapia”, afirmou.

Instituto do Autismo
Fundado em dezembro de 2020 pelo educador físico Kadu Lins, o Instituto do Autismo visa melhorar a qualidade de vida de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e famílias, com referência em assistência inclusiva e multidisciplinar.

Além da unidade de Boa Viagem, o IDA tamém possui centros nos bairros da Imbiribeira, Graças e Poço da Panela, no Recife; e nas ciades de Olinda, Igarassu, Caruaru e Carpina.

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