Polícia faz buscas na casa do presidente do PSG, Nasser Al Khelaifi
Bilionário é investigado em caso de lobista que denunciou ter sido sequestrado e torturado
A casa do presidente do PSG, Nasser Al Khelaifi, foi revistada nesta quarta-feira (5) em uma investigação sobre acusações de sequestro e tortura no Catar de um lobista franco-argelino, disse à AFP uma fonte próxima à investigação, confirmando relatos da imprensa francesa.
"O juiz investigador solicitou informações e acesso adicionais, que lhe foram fornecidos com total transparência e em total cooperação com as autoridades, como tem acontecido desde o início", confirmou um porta-voz do PSG.
Contactado pela AFP, um dos advogados de Al Khelaifi recusou-se inicialmente a comentar o sucedido. A busca da polícia judiciária ocorreu no âmbito de uma investigação judicial aberta no final de janeiro, depois que o lobista Tayeb Benabderrahmane, de 42 anos, apresentou queixa contra Al Khelaifi.
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Na denúncia, Benabderrahmane afirma que foi preso em janeiro de 2020 no Catar, para onde havia se mudado três meses antes para trabalhar como lobista. Ele afirma que foi detido por seis meses e questionado por agentes locais, em particular sobre documentos que supostamente possuía e que poderiam comprometer o técnico do PSG no Catar.
O lobista também disse que estava em prisão domiciliar e finalmente conseguiu deixar o Catar em novembro de 2020, após assinar um acordo de confidencialidade no qual prometeu não divulgar os documentos. Os advogados de Al Khelaifi anunciaram em abril sua intenção de abrir um processo por difamação contra o lobista.
O PSG vive intertemporada agitada fora dos campos. Na semana passada, o então treinador do time, Christophe Galtier, e o filho, John Valovic-Galtier, que é agente de jogadores, foram detidos em decorrência de uma investigação por suspeita de discriminação após acusações de racismo. Ele acabou demitido, sendo substituído no cargo pelo espanhol Luis Enrique, ex-comandante da Espanha.