Premier League assiste à Europa em mutação, mas mantém posto de melhor liga
Nesta sexta-feira (13), Brentford e Arsenal inauguram a nova temporada do Campeonato Inglês
A transferência de Lionel Messi ao Paris Saint-Germain é o tipo de negociação que mexe com toda a cadeia do futebol europeu. Ao mesmo tempo que o clube parisiense e a Ligue 1 ganham a atenção do mundo, LaLiga perde um dos principais ativos para a promoção de seu campeonato.
O Espanhol já havia enfrentado baque semelhante em 2018, com a saída de Cristiano Ronaldo do Real Madrid para a Juventus. Uma transação que valorizou o elenco da equipe de Turim e também a Serie A, que passou a contar com um dos principais astros do esporte mundial.
Entretanto, apesar do peso de cada personagem e da disputa por espaço no cenário internacional, são movimentações ainda insuficientes para roubar da Premier League o posto privilegiado de melhor liga nacional do mundo, ocupado por ela há algum tempo.
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Nesta sexta-feira (13), Brentford e Arsenal inauguram a nova temporada da Premier, o campeonato dos dois finalistas da última Champions League, e de dois dos três últimos campeões europeus.
Em boa parte, a imagem de excelência que o torneio mantém pode ser creditada à qualidade dos técnicos que trabalham no país. A Inglaterra, hoje, reúne alguns dos melhores treinadores do planeta, cujas capacidades são traduzidas em bom futebol dentro das quatro linhas.
Atual campeão inglês, Pep Guardiola vai para sua sexta temporada à frente do Manchester City. Desde que chegou ao clube, conquistou três das cinco edições da Premier League que disputou. Além do domínio local, levou o City pela primeira vez em sua história à final da Champions, perdida para o Chelsea.
Na busca por permanecer dominante e melhorar o leque de opções de Guardiola, o clube tirou do Aston Villa o meia-atacante Jack Grealish, 25, uma das sensações da seleção inglesa vice-campeã da Euro este ano. Para contratar o reforço, o City desembolsou 117 milhões de euros (cerca de R$ 724 milhões).
O Chelsea, que conquistou o título da Champions sobre o time de Manchester e que acaba de se sagrar campeão da Supercopa Europeia, também se reforçou para a temporada.
Melhor jogador e artilheiro da última Serie A com a Inter de Milão, o centroavante belga Romelu Lukaku, 28, volta ao clube londrino após passagem apagada entre 2011 e 2014.
Desde que deixou o Chelsea na década passada, Lukaku desenvolveu o seu jogo e se tornou um dos melhores atacantes do mundo. Agora, retorna valorizado, contratado por 115 milhões de euros (aproximadamente R$ 704 milhões).
"Foi uma longa jornada para mim: vim aqui como uma criança que tinha muito a aprender, agora estou voltando com muita experiência e mais maturidade. A relação que tenho com este clube significa muito para mim, como vocês sabem. Torci pelo Chelsea quando criança. Estar de volta e tentar ajudar a ganhar mais títulos é uma sensação incrível", disse o belga.
Além do reforço de peso, há a expectativa de ver a continuidade do trabalho de Thomas Tuchel, que inicia uma temporada no comando da equipe depois de ter assumido o cargo em meio às disputas de 2020/2021 no lugar de Frank Lampard.
Referência para Tuchel, Jürgen Klopp tenta devolver ao Liverpool o protagonismo que teve nas temporadas 2018/2019, com o título da Champions, e 2019/2020, com a conquista da Premier League.
O time do alemão foi um dos quatro campeões diferentes das últimas seis edições da liga inglesa. É um equilíbrio que também ajuda a explicar por que a Premier é mais atraente que suas concorrentes.
A Inter de Milão quebrou na última temporada uma sequência de nove taças consecutivas da Juventus na Serie A. Enfraquecida com as saídas de Lukaku e do técnico Antonio Conte, a equipe milanista não acena com probabilidade de brigar novamente pelo título.
Assim como na Itália, a Alemanha também sofre com o desequilíbrio. Já são nove conquistas seguidas do Bayern de Munique na Bundesliga. Problema similar ao da França, com o Paris Saint-Germain, agora reforçado por Lionel Messi, campeão de sete dos últimos nove campeonatos.
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