Presidente da federação de Camarões, Eto'o é acusado de manipulação, ameaças e incitação à violência
Ex-jogador teria cometido crimes desde que assumiu o comando da federação camaronesa de futebol
Ídolo do futebol camaronês e atual presidente da federação de futebol do país (Fecafoot), Samuel Eto’o foi acusado de manipulação de resultados, ameaças físicas e incitação à violência.
Segundo o jornal The Athletic, arquivos que comprovariam as ilegalidades foram enviados ao Comitê de Ética da FIFA em julho pelo ex-vice-presidente da Fecafoot, Henry Njalla Quan Junior, material que também está sendo investigado pela Confederação Africana de Futebol.
De acordo com a publicação, um dos episódios foi “o mais escandaloso da história da humanidade”, quando, no intervalo de uma partida do campeonato local, "um telefone foi colocado no alto-falante para que os árbitros pudessem receber instruções diretas do próprio Eto'o”, como denunciou Quan Junior.
Em outra partida polêmica, um time “recebeu cinco cartões vermelhos (três para jogadores e dois para membros da comissão técnica) e quatro amarelos”. O adversário teve “duas penalidades questionáveis” a seu favor, com a primeira delas tendo de ser cobrada novamente “devido à aparente invasão” após o goleiro ter feito a defesa.
Procurada pelo Athletic, a Fifa não quis comentar se investiga o caso. A defesa de Eto'o e o próprio jogador não responderam aos questionamentos da publicação, sendo que, em outra oportunidade, “já negaram as acusações, chamando-as de ‘rumores caluniosos’”.
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O ex-jogador já havia sido condenado a 22 meses de prisão por quatro crimes de fraude fiscal na Espanha em junho do ano passado. Ao lado de seu ex-empresário, José María Mesalles, ele é condenado por declarar indevidamente 3,8 milhões de euros oriundos de operações sobre os direitos de imagem para a marca Puma e o Barcelona entre os anos de 2006 e 2009.
Conforme o Ministério Público, o ex-atacante devia ter declarado o valor em seu imposto de renda pessoal, mas o fez por meio de duas empresas, dando início a um julgamento que se estendeu por anos. Mesalles preferiu não depor antes de admitir os fatos. O administrador de uma das empresas usadas na fraude, Jesús Lastre, foi absolvido.
Eto'o foi obrigado a pagar quatro multas com valor total de 1,8 milhões de euros. Mesalles também terá de pagar o mesmo número de multas, mas no total de 905 mil euros.