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Campeonato Paulista

Presidente do Água Santa, finalista do Paulistão, rebate boato sobre ligação do clube com facção

Paulo Korek Farias citou onda de 'preconceito' contra time após classificação inédita

Paulo Korek, presidente do Água Santa Paulo Korek, presidente do Água Santa  - Foto: Divulgação

O Água Santa conquistou uma classificação histórica para a final do Campeonato Paulista desse ano. Antes mesmo do feito ser alcançado, o clube já havia conseguido resultados importantes, como a terceira melhor campanha na fase de grupos do torneio, o que fez com que boatos sobre uma possível ligação do clube com uma facção criminosa de São Paulo fossem retomados.

Após vitória nos pênaltis sobre o RB Bragantino nas semifinais do Paulistão (depois de um empate em 1 a 1 no tempo normal), o presidente do clube, Paulo Korek Farias, fez um discurso emocionado ainda no campo de jogo. O mandatário fez questão de elogiar o trabalho feito pelo clube nas últimas temporadas.

"Um time de uma folha humilde chegou por causa dessa união que a gente tem. Eles não sabem o quanto a gente trabalha todos os dias. Se soubessem, não diziam que esse time é da p* do (facção criminosa)", desabafou Korek logo após a partida.

O dirigente afirmou que quer acreditar que o boato surgiu em decorrência de a cidade do clube ter sido considerada “a mais violenta do Brasi até os anos 2000”. Ele espera que a boa fase do time sirva para ajudar a rebater o boato, aproveitando da visibilidade positiva conquistada pelo time através dos bons resultados em campo.

“É um time humilde, sim. É um time que vem de uma cidade carente, sim. Mas é um time com muito trabalho e muita honestidade. Não é à toa que a gente está aí na final. Eu entendi que chegou a hora, agora que a gente está tendo visibilidade, de acabar com esse preconceito”, contou, em entrevista ao Estado de S. Paulo.

Falando sobre o campeonato, Korek também fez questão de passar o favoritismo na decisão para o rival. Segundo ele, o time, no entanto, pretende fazer “uma grande partida”, destacando que “no futebol, tudo é possível”.

“Nossa folha salarial é de R$ 800 mil. Um jogador do Palmeiras é a nossa folha inteira do mês. Não posso afirmar que vamos ganhar do Palmeiras porque a gente vai enfrentar o maior time do Brasil. Então, eu não posso ter arrogância”, disse.

Além de eliminar o RB Bragantino na semi, o clube do interior paulista já eliminado o São Paulo na fase anterior, também na disputa de pênaltis, após empate sem gols no Morumbi. Até agora, já são sete vitórias, quatro empates e apenas três derrotas, tendo perdido apenas um jogo para um clube considerado pequeno, na estreia da competição, quando foi superado pela Ferroviária por 3 a 1.
 

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