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Polêmica

Presidente do Santa Cruz comenta situação de João Diogo: "não podemos pré-condenar ninguém"

O novo atacante coral foi indiciado em 2022 pelos supostos crimes de injúria e importunação sexual contra uma mulher, no Rio de Janeiro; o atleta não responde a nenhum processo

Bruno Rodrigues, presidente do Santa Cruz, durante inauguração da nova sede do Juizado do TorcedorBruno Rodrigues, presidente do Santa Cruz, durante inauguração da nova sede do Juizado do Torcedor - Foto: Walli Fontenele / Folha de Pernambuco

As movimentações de mercado do Santa Cruz no fim de semana tiveram repercussão fora do campo. No último domingo (10), a Cobra Coral anunciou a contratação de João Diogo. Em 2022, o atacante de 24 anos foi indiciado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro pelos supostos crimes de injúria e importunação sexual contra uma mulher. O caso teria acontecido enquanto ele era jogador do Botafogo-SP.

O presidente do Santa Cruz, Bruno Rodrigues, esteve presente na inauguração da nova sede do Juizado do Torcedor nesta segunda-feira (11), na Uninassau, e conversou com exclusividade com a reportagem da Folha de Pernambuco sobre a situação do atleta.  

"Nós não podemos pré-condenar ninguém. O que chegou aos meus ouvidos foram as acusações, mas nenhum processo judicial contra ele. Se houvesse alguma condenação, claro que não teríamos nem contratado em primeiro lugar. Também sabemos de alguns casos de indisciplina, mas é importante lembrar que ele é um jogador jovem, de 24 anos, e que tem potencial técnico. O Santa Cruz está dando uma oportunidade a ele para demonstrar seu melhor futebol. Mas é claro que não planejamos afastamento ou coisas do tipo porque não podemos pré-condenar um atleta", afirmou o mandatário coral. 

A situação de João Diogo 

O caso envolvendo João Diogo teria acontecido no dia 26 de setembro de 2022, após o Botafogo-SP ter garantido o acesso à Série B ao vencer o Volta Redonda por 2 a 1. O novo reforço coral, inclusive, balançou as redes na partida. 

Em contato com a reportagem nesta manhã, a advogada do atleta, Graciele Queiroz, enfatizou que não existe nenhum processo contra João Diogo. De acordo com a criminalista, o Ministério Público, órgão responsável por oferecer ou não a denúncia de crime à Justiça, solicitou que o caso retornasse à delegacia para cumprir algumas diligências e segue há um ano e três meses sem conclusão. 

"João Diogo não só nega [a acusação], como tenho provas da inocência dele, até porque ele só foi ao quarto após a comemoração e não foi ele quem estava com a suposta vítima", comentou a advogada.

Outros jogadores foram indiciados juntos com João Diogo. O atacante Dudu, atual jogador do Feirense-POR, por estupro, e Lucas Delgado, do San Telmon-ARG, por dissimulação. Os jogadores se encontram na mesma situação do novo jogador do Santa Cruz sem responder a nenhum processo e negam as acusações. 

Na época, o Botafogo-SP chegou a dispensar os três jogadores imediatamente após o ocorrido.

Entenda o caso

A denúncia contra os ex-jogadores do Botafogo-SP afirma que a vítima conheceu Lucas Delgado na noite dos supostos crimes, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O jogador e a mulher foram para um hotel e ela teria pedido para ele usar camisinha, o que teria sido recusado. 

Ainda segundo o boletim de ocorrência, João Diogo e Dudu Hatamoto teriam entrado no quarto do casal durante a madrugada e tentaram convencê-la a fazer sexo com eles.

Após a recusa da vítima, João Diogo teria a xingado e Dudu a agredido com uma mordida no seio.

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