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FORAGIDOS

Presidente da Mancha Alvi Verde não se entregará até que defesa acesse acusação, diz advogado

Nesta terça-feira, Quintanilha, advogado, negou que Sampaio e Mattos estivessem presentes no dia da ação contra torcedores do Cruzeiro

Briga entre tocedores do Palmeiras e do Cruzeiro deixou um morto em Mairiporã, São Paulo Briga entre tocedores do Palmeiras e do Cruzeiro deixou um morto em Mairiporã, São Paulo  - Foto: Reprodução/Redes sociais

Três pessoas continuam foragidas após a Polícia Civil prender dez integrantes da Mancha Alvi Verde, principal organizada do Palmeiras. Todos são suspeitos de participar da emboscada a um ônibus da Máfia Azul, uniformizada do Cruzeiro, que terminou com uma pessoa morta e 17 feridos.

Entre os foragidos estão o presidente da Mancha Alvi Verde, Jorge Luís Sampaio, e o vice-presidente, Felipe Mattos. Eles são representados pelo advogado Gilberto Quintanilha. Segundo ele, a entrega está condicionada ao acesso da defesa aos autos de acusação. O processo corre em segredo de Justiça.

"(Sampaio e Mattos) Continuam aqui em São Paulo, continuam em contato com a gente e vão se entregar quando a gente achar que existe necessidade", disse o advogado.

Questionado sobre quando haverá necessidade para que eles se entreguem à Polícia, Quintanilha diz que o critério é "saber qual que é a acusação". A prisão temporária de ambos foi decretada em 30 de outubro.

Em momentos anteriores, a defesa chegou a dizer que não sabia onde estavam seus clientes. Nesta terça-feira, Quintanilha também negou que Sampaio e Mattos estivessem presentes no dia da ação contra torcedores do Cruzeiro.

A investigação foi iniciada pela Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade). Um dos suspeitos que tinha um pedido de prisão contra si teve a determinação revogada após a própria delegacia reconhecer que errou em pedir a prisão de Henrique Moreira Lelis, que estava a 400 quilômetros de onde o crime aconteceu.

A emboscada aconteceu na madrugada do dia 27 de outubro, na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, no sentido de Belo Horizonte. O ataque terminou com a morte de José Victor Miranda, de 30 anos Ele integrava um grupo da Máfia Azul, organizada do Cruzeiro, de Sete Lagoas (MG).

Miranda chegou a ser internado no Hospital Anjo Gabriel, em Mairiporã (SP), em estado gravíssimo em decorrência de ferimentos de queimaduras e não resistiu. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que atendeu a ocorrência no dia, foi ateado fogo em um dos ônibus dos cruzeirenses.

O caso é entendido como uma "cobrança" dos palmeirenses por uma ação de torcedores do Cruzeiro contra integrantes da Mancha Alvi Verde em 2022, na mesma rodovia. Na época, Jorge Luís Sampaio Santos teve sua carteirinha de sócio, documentos e cartões de créditos arrancados dos rivais durante o confronto, além de ter sido espancado e ter vídeos expostos nas redes sociais. A confusão terminou com quatro torcedores feridos a tiros.

Cruzeiro e Palmeiras se enfrentam nesta quarta-feira, 4, no Mineirão, em Belo Horizonte, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enviou um ofício aos clubes determinando que o jogo seja disputado com portões fechados.

O governo de Minas Gerais recorreu à Justiça comum, solicitando que a partida seja realizada somente com cruzeirenses na arquibancada, e espera reverter a decisão. Ambas as diretorias se posicionaram contra a decisão da CBF.

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