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SELEÇÃO BRASILEIRA

Primeira convocação de Fernando Diniz deve ser marcada por transição sem perda de DNA

Técnico convoca a seleção pela primeira vez para jogos contra Bolívia e Peru pelas Eliminatórias da Copa de 2026

Fernando Diniz, novo técnico da seleção brasileiraFernando Diniz, novo técnico da seleção brasileira - Foto: Mauro Pimentel/AFP

O técnico Fernando Diniz convoca nesta sexta-feira (18), às 14h, a sua primeira seleção brasileira, para os jogos contra Bolívia e Peru pelas Eliminatórias da Copa de 2026. A expectativa é que a lista seja marcada por nomes que indiquem uma transição em relação ao trabalho de Tite no Mundial do Catar.

Mas o interino, com pinta de efetivo, não deixará que o seu DNA seja perdido. Logo, os pilares do “Dinizismo” que conduziram o treinador ao posto, estarão presentes não apenas nos nomes, mas no que o comandante espera deles em termos de comportamento. Solidariedade e coragem são os pré-requisitos, seja com a camisa de clube, ou com a amarelinha.

Diniz tem dito que convocará os jogadores que a grande maioria das pessoas chamaria. Dentro de uma média de 80% da lista, não há como não esperar a presença de Neymar, de quem o treinador é admirador declarado.

E de nomes que se destacaram na Copa do Mundo, como Vini Jr. A renovação da seleção em curso sob a batuta de Ramon, porém, pode dar um passo atrás, até para que Diniz consiga dar uma largada boa e a partir de então desenvolva um trabalho de olho em 2026.

Nesse contexto não será surpresa se nomes como o de Thiago Silva, zagueiro de 40 anos, aparecerem na lista para os dois jogos. O capitão seria um dos elementos de transição em relação ao legado de Tite. A lista, aliás, terá nomes internacionais de forma geral, sem fechar os olhos para os destaque que atuam no Brasil.
 

Queridinhos de Diniz no Fluminense, André e Nino estão cotados, mas Samuel Xavier não será chamado. O técnico vai priorizar laterais de fora do país. No ataque, Pedro, do Flamengo, corre risco de perder o posto de reserva de Richarlison para um jogador com mais intensidade. O treinador gosta muito de Gabriel Jesus, que vem de problema físico. Vitor Roque é um dos cotados da nova geração para a posição. Gabigol tem até mais prestígio do que Pedro, mas também vive fase questionável. Há expectativa sobre nomes do Botafogo e do Palmeiras.
 

Vale lembrar que Diniz em tese é o treinador até a chegada de Carlo Ancelotti na Copa América de 2024, mas o interino não olha além do que sua ambição pode alcançar. E ela aponta para uma brecha para seguir como efetivo caso comece bem e caia nas graças do torcedor. O trabalho no Fluminense segue em bom nível e, pela queda na Copa do Brasil, permitiu que Diniz tirasse dois dias por semana para se dedicar à seleção brasileira desde que foi anunciado no cargo. Nesse período, teve reuniões com a comissão técnica da CBF. Na média, uma a cada dez dias. O estafe do técnico também esteve na entidade para colher dados e para acelerar a interação. A ideia é que mesmo com pouco tempo de treino seja possível implementar o modelo de jogo sem sobressaltos.

Para fazer valer os seus princípios de coragem e solidariedade Diniz conta com a qualidade dos jogadores. Dos dois mantras do técnico, a coragem será o mais fácil de ser aplicado. Será possível sim ver uma seleção se arriscando na saída de bola desde a defesa para construir as jogadas de pé em pé. Para isso o treinador conta com zagueiros de boa construção, como Marquinhos e Militão.

O desafio será fazer o time ser aplicado taticamente para que todos entendam que é necessário correr pelo companheiro para que a equipe fique compacta na defesa, sem abrir mão da intensidade e da contundência. Ou seja, nomes como Neymar e outras estrelas precisarão criar a consciência de que terão que ajudar a fechar espaços. O exemplo claro é Cano no Fluminense. De centroavante de um toque na bola, o argentino se transformou em um jogador que se desdobra para marcar. Richarlison já faz isso bem desde a era Tite, e essa faceta deve se manter. Tanto para atacantes, como para meias. A presença de nomes como Paquetá, Bruno Guimarães e Casemiro deve ser a base do setor, que pode ter André e outras novidades.

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