Primeiro-ministro da Espanha condena Atlético de Madri por racismo da torcida contra Vinicius Jr
Pouco depois, clube divulgou comunicado dizendo que caso era 'inaceitável'
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, criticou nesta terça-feira o Atlético de Madrid pelos cânticos racistas de seus torcedores direcionados ao atacante Vinicius Junior, do Real Madrid. Pouco tempo depois, o clube divulgou um comunicado dizendo que o caso era “inaceitável”, e que eles não iriam parar até que os culpados fossem encontrados e banidos.
No último jogo entre as equipes, no último domingo, alguns setores da torcida gritavam “você é um macaco, Vinicius, você é um macaco", antes e durante a vitória do Real Madrid por 2 a 1 no estádio Metropolitano, enquanto ítens, incluindo isqueiros, foram arremessados contra ele e o companheiro de time Rodrygo durante a comemoração de um dos gols do time.
“Sou um grande torcedor do Atlético de Madrid, então fiquei muito triste”, disse Sanchez na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York. “Esperava uma mensagem forte dos clubes contra este tipo de comportamento, é isso que vou pedir à minha equipe. Acho importante que os clubes de futebol levem este tipo de comportamento a sério e reajam.”
A La Liga reportará os eventos ao comitê disciplinar da Federação Espanhola de Futebol.
“O Atlético de Madrid condena os cânticos inaceitáveis que uma minoria de torcedores cantou fora do estádio antes do clássico, disse o clube em nota. “Alguns não podem manchar a imagem de milhares e milhares de torcedores do Atlético que apoiam seu time com paixão e respeito pelo adversário. A dor que a família Rojiblanco sente pelo ocorrido é enorme. Não podemos permitir que nossa torcida se relacione com esse tipo de comportamento e questione nossos valores por causa de uma minoria que não nos representa.”
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A tempestade de críticas ocorreu após Pedro Bravo, chefe da associação espanhola de agentes de futebol, dizer em um programa de televisão que Vinicius precisava parar de “agir como o macaco” ao dançar para comemorar os gols.
Bravo pediu desculpas pelo ocorrido, dizendo que estava usando uma frase que não pretendia ter conotações racistas. O prefeito de Madri, José Luis Martínez-Almeida, outro torcedor do Atlético, também criticou os cânticos.
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“Eles não têm lugar, não apenas em um evento esportivo, mas em qualquer esfera da vida”, disse Martinez-Almeida. “Acho que o que temos que fazer é identificar essas pessoas, porque não acho que elas mereçam entrar. É absolutamente reprovável e precisa ser condenado. Digo isso como prefeito de Madri, mas também como torcedor do Atlético. Tenho vergonha de que existam torcedores do Atlético capazes de proferir esse tipo de insulto racista.”