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Travessia

Primeiros barcos da regata de volta ao mundo Globe 40 chegam ao Recife

A equipe anglo-americana Ahmas cruzou a linha de chegada na capital pernambucana na noite do último sábado

Foto: Jean Marie Liot

O fim de semana foi agitado, com a chegada ao Recife de três barcos da Globe 40 (La Grande Route)  – regata de volta ao mundo que tem o Estado de Pernambuco como única parada do Brasil. A sexta etapa da travessia teve a partida em Ushuaia (ARG), dia  8 de janeiro.  

Ao som de muito frevo, a equipe anglo-americana Ahmas cruzou a linha de chegada na capital pernambucana na noite do último sábado (28/01) . Após 20 dias e 10 horas de travessia com 3.803 milhas percorridas (7.417 km), Craig Horshield e James Oxenham concluíram brilhantemente uma etapa particularmente difícil que colocou as equipes do Globe 40 à prova. 

Já na tarde do domingo (29/01), atracou na novíssima Recife Marina - no bairro de São José, com 250 vagas, bem no centro do Recife) - , o Gryphon Solo, conduzido pelo norte-americano Joe Harris  e o italiano Roger Junet. A recepção foi calorosa, em clima de Carnaval, ao som da Companhia de Dança Frevança . No mesmo estilo ocorreu a acolhida ao holandês Sec Hayai, embarcação comandada pelos holandeses Frans Budel e Ysbrand Endt, que foi o terceiro veleiro a cruzar a linha de chegada, já na noite do domingo (29/01). 

A previsão para a quarta e última embarcação cruzar a linha de chegada no Recife, Whiskey Jack (Mélodie Schaffer/CAN e Tom Pierce/EUA), é na manhã desta terça-feira (31/01).

 DIFICULDADE
Desde a largada de Ushuaia, no dia 8 de janeiro, as equipes se depararam com uma situação particularmente  inusitada na Patagônia argentina, ou seja, vários dias de calmaria, enquanto na véspera da largada quase 50 nós sopravam na área. Após a partida em meio a um tempo agitado, rapidamente o veleiro Milai, com Masa Suzuki (Japão) e Estelle Greck (França), se separou graças a uma opção muito bem-sucedida para o leste e tinha uma vantagem de 100 milhas.

Um avanço que infelizmente foi brutalmente interrompido na manhã do dia 12 de janeiro por um choque violento com um Objeto Flutuante Não Identificado (OFNI). Com o barco seriamente danificado, mas sem feridos a bordo e sem situação de perigo, a tripulação franco-japonesa chegou ao porto argentino de Mar Del Plata no dia 16 de janeiro. O Milai realizou os trabalhos de reparo no estaleiro local e afirmou seu desejo de retomar as corridas o mais rápido possível. Para as restantes tripulações, iniciou-se uma segunda fase numa zona meteorológica particularmente instável com sucessão de zonas de calmaria, depressões, rajadas e frotas pesqueiras.

A COMPETIÇÃO
A Globe 40, que reúne barcos da Classe 40, é uma travessia com 30 mil milhas náuticas, com duração de nove meses e 140 dias. A partida foi realizada no dia 26 de junho de 2022, de Tânger, no Marrocos. O fim  da regata, em Lorient (França), será em março de 2023. Vale destacar que, no percurso, aconteceram paradas em Cabo Verde (África), Ilhas Maurício (Oceano Índico), Auckland (Nova Zelândia), Papeete (Polinésia Francesa), Ushuaia (Patagônia), Recife (Brasil) e Granada (Caribe).

A Globe 40 é uma realização da empresa francesa Sirius Events, com suporte na organização da etapa de Recife da Federação Pernambucana de Vela (FPVela), apoio do Cabanga Iate Clube de Pernambuco, Recife Marina e Hotel Novotel Recife Marco Zero (inauguração este ano), TV Tribuna, All e Ibis Recife Boa Viagem (parceiros oficiais de hotelaria) com patrocínio da Prefeitura do Recife e Qair Brasil.

 

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