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Futebol Internacional

Projeto de Superliga europeia está 'em stand-by', diz Florentino Pérez

Líder do projeto e presidente do Real Madrid insistiu na necessidade de gerar mais receitas devido à pandemia de Covid-19

Foto: FRANCK FIFE / AFP

Florentino Pérez, presidente do Real Madrid e um dos principais promotores do projeto, admitiu que a Superliga Europeia está em modo de espera, em entrevista ao programa de rádio 'El Larguero' da espanhola Cadena SER. 

"O projeto está em stand-by. Estamos todos juntos, refletindo sobre o futuro", disse Pérez, que insistiu na necessidade de gerar mais receitas porque "temos que salvar o futebol", que foi muito afetado economicamente pela pandemia de covid. 

"A sociedade (que foi criada para organizar o torneio) existe", insistiu o presidente, apesar de "metade deles ter saído", referindo-se aos seis clubes ingleses que faziam parte do projeto e que na terça-feira anunciaram a sua saída menos de 48 horas após o anúncio da iniciativa. 

"Nunca vi tanta agressividade, foi algo orquestrado. Surpreendeu a todos nós. Quando demos a notícia, pedimos para falar com o presidente da Uefa e da Fifa. Eles não nos responderam. Em 20 anos não vi essa agressividade na minha vida. Ameaças, insultos, como se tivéssemos matado o futebol", denunciou, referindo-se às ameaças das entidades do futebol caso o projeto fosse adiante.

"A Uefa fez um show", acrescentou. "Eles fizeram parecer que lançamos uma bomba atômica. Não nos deixaram explicar. Não pode ser que os que estão no topo percam dinheiro e o resto ganhe dinheiro. Os ricos agora estão perdendo muito dinheiro."

Ele também afirmou que um dos clubes ingleses semeou dúvidas nos outros. "Havia alguém no grupo inglês que não tinha muito interesse na Superliga", disse Perez. "E eles começaram a infectar os demais. Todos eles assinaram um acordo vinculativo, mas no final, por causa da avalanche na Premier League, eles disseram 'ei, estamos indo embora'."

Pérez negou que Juventus e Milan tenham abandonado o projeto. "Eles não saíram. Estamos todos juntos, vendo como podemos gerar esse dinheiro com o acordo com o JP Morgan", o fundo de investimento americano que financiava a criação do torneio. 

Para Pérez, "seria um pecado não considerarmos este formato (...) A Uefa está falando de 2024, não sei onde estaremos. Ninguém entende o novo formato da Champions".

O presidente do time madrilenho insistiu na necessidade de gerar mais receitas porque com a pandemia de covid "perdemos na última temporada contando os 12 (promotores da Superliga) 600 milhões (de euros) e não sabemos quanto tempo isso vai durar (...) Os clubes vão perder mais de 2 bilhões". 

E diante dos que acusam o projeto de favorecer os clubes mais poderosos, Pérez respondeu: "O futebol é uma pirâmide. Se há dinheiro lá em cima, ele vai descendo. Se Federer não jogar contra Nadal... ninguém vai querer ver o Nadal enfrentar o número 80".

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