Quem é Bernie Ecclestone, ex-chefe da Fórmula 1 preso em São Paulo
Empresário inglês está no meio do automobilismo desde os anos 1950 e tem forte relação com o Brasil
O ex-chefe comercial da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, foi preso na noite desta quarta-feira (25) em São Paulo. O inglês de 91 anos está no meio do automobilismo desde os anos 1950 e tem forte relação com o Brasil.
Depois de passar anos vendendo carros usados, ele tentou competir na Fórmula 1 com uma equipe própria, o que não deu certo. Mas sua carreira nos negócios da categoria principal do automoblismo decolou anos depois. Ele se tornou empresário do piloto austríaco Jochen Rindt e sócio da segunda equipe da Lotus.
Depois de comprar a Brabham em 1971, ele ganhou dois títulos mundiais com o brasileiro Nelson Piquet pilotando, em 1981 e 1983. Depois, virou presidente da Associação de Construtores da Fórmula 1 (Foca), e vendeu o time.
Ecclestone trabalhou na chefia comercial da Fórmula 1 até início de 2017. Ele foi demitido depois que a categoria foi comprada pela empresa americana Liberty Media.
Desde 2012 o ex-dirigente é casado com a brasileira Fabiana Flosi, 45, vice-presidente para a América do Sul da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Ele tem um filho com a atual esposa e outros três de relacionamentos anteriores.
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Bernie passou boa parte do período de isolamento durante a pandemia de Covid-19 no Brasil. Ele é dono de uma fazenda em Amparo, no interior de São Paulo, a 178 quilômetros da capital. Ele é dono da propriedade há 10 anos, e lá cultiva o café da marca de Fabiana, a Celebrity Coffee.
Prisão no aeroporto
Ecclestone estava no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, quando foi preso em flagrante por porte ilegal de arma. Ele tentava embarcar para a Suíça em voo particular, quando a máquina de raio-x detectou o objeto. A pistola calibre 32, da marca LWSeecamp, não possuía documentação regular , e estava dentro de sua bagagem de mão, no bolso de uma camisa. A arma estava sem carregador e sem munição.
Bernie foi conduzido até a 4ª Delegacia de Apoio ao Turista (Deatur) no aeroporto, e disse à polícia civil que comprou a pistola de um mecânico da Fórmula 1 há aproximadamente cinco anos. Ele confirmou ser proprietário da arma de forma irregular, mas alegou não ter conhecimento de que estava em sua bagagem pessoal.
Após pagar uma fiança de R$ 6 mil, o ex-CEO foi liberado para deixar o país. Ele estava no Brasil há cerca de um mês.