Copa do Mundo

Raio-X da Seleção Brasileira para a disputa da Copa do Mundo 2023; confira os destaques

Equipe comandada por Pia Sundhage estreia nesta segunda-feira (24), diante de Panamá

Seleção Brasileira esteve em todas as edições da Copa do Mundo FemininaSeleção Brasileira esteve em todas as edições da Copa do Mundo Feminina - Foto: Thais Magalhães/CBF

Presente em todas as nove edições da Copa do Mundo e ainda em busca do primeiro título, a Seleção Brasileira Feminina tenta pela última vez a conquista do mundial tendo Marta no elenco. A camisa 10 está indo para sua sexta e última disputa com a Amarelinha. Sob o comando da técnica sueca Pia Sundhage, a equipe viveu um ciclo de quatro anos de renovação e apresenta novas possibilidades em campo. Saiba quais são os destaques do Brasil. 

A Seleção está no Grupo F do torneio e tem estreia marcada para esta segunda-feira (24), diante de Panamá, a partir das 8h (horário de Brasília). A segunda rodada terá o primeiro teste de fogo diante das francesas, no sábado (29), e fecha a fase de grupos enfrentando a Jamaica, no dia 2 de agosto.  

Desempenho em 2023

A Seleção atuou em seis partidas em 2023, disputando a tradicional "SheBelieves", a Finalíssima contra as campeãs europeias, e amistosos contra a forte seleção alemã, além do último de preparação antes da Copa, diante do Chile. No torneio disputado em fevereiro, a amarelinha bateu a boa seleção japonesa e caiu diante do Canadá e dos Estados Unidos, grandes favoritas ao título mundial.

Em abril, as brasileiras deram sinais claros que podem disputar em pé de igualdade contra as mais fortes seleções. Na Finalíssima, foram derrotadas somente nos pênaltis para as inglesas, atuais campeãs da Euro. Diante das europeias, o Brasil fez um jogo equilibrado, conseguindo se restabelecer na partida e mostrando garra para buscar o empate no momentos finais. Poucos dias depois, venceram de maneira convicente as alemãs, chegando a abrir 2x0 na casa das adversárias ainda no primeiro tempo. Mesmo na vantagem, as meninas continuaram criando oportunidades e apresentaram boa capacidade de controlar a partida, mesmo diante de uma das favoritas ao título. Já contra o Chile, vitória fácil e convicente das brasileiras, que resolveram a partida ainda no primeiro tempo. 

Principais destaques individuais 

Em termos de Seleção Brasileira Feminina de futebol, não tem como fugir da grande referência que é Marta, seis vezes melhor jogadora do mundo, maior artilheira das Copas com 17 gols e líder do elenco. A camisa 10 não aparece mais como uma titular absoluta, mas é nome certo para ser utilizada ao longo das partidas. 

No comando defensivo, Rafaelle é a xerife da defesa. Durante a última temporada defendeu a camisa do Arsenal e depois da Copa jogará pelo Orlando Pride, time de Marta e Adrianinha. A baiana é um dos pilares do time comandado por Pia Sundhage. Outro grande nome da defesa é a lateral-esquerda Tamires, capitã do Corinthians, reconhecida como uma das mais talentosas do time e peça chave nas construções ofensivas.  

No meio campo, Luana é o motorzinho da equipe. A número 5 tem a função de defender a entrada da área brasileira, mas não fica só nisso. A volante tem aquele estilo moderno, com capacidade de cobrir o campo todo, sendo o fator surpresa muitas no ataque. 

Já no ataque, Debinha vem se tornando o grande nome do time, sendo a artilheira da Era Pia, com 29 gols em 49 partidas sob o comando da sueca. A atacante do Kansas City Current também é a terceira maior goleadora da história da Seleção, atrás somente de Marta e Cristiane. 

Peças que podem mudar o jogo

Vindo do banco, Ary Borges é uma jogadora capaz de mudar o ritmo da partida com a agressividade que tem no meio-campo. Outra atleta que também pode contribuir é Bia Zaneratto. A atacante é uma jogadora muito forte fisicamente, que consegue arrastar a marcação nas arrancadas e que vive grande temporada com a camisa do Palmeiras. 

Comando técnico

Ex-atleta e uma das maiores artilheiras da história da Suécia, Pia Sundhage veio ao Brasil como uma esperaça na busca de grandes conquistas pela Seleção. Experiente e com títulos no mais alto nível, Pia passou quatro anos treinando a seleção dos Estados Unidos, tempo suficiente para vencer duas olimpíadas (2008 e 2012) e uma vice-campeonato mundial (2011). 

Com as cores do seu país, ganhou a medalha de prata nas Olimpíadas do Rio 2016. Em 2019, depois da Copa realizada na França, chegou para o comando da Seleção. Com a Amarelinha, parou nas oitavas da Olimpíada de Tóquio e conquistou mais uma Copa América para o País. Ao todo, Pia já esteve à frente do Brasil em 52 partidas, com 31 vitórias, 11 empates e 10 derrotas.

Pontos fortes e necessidades de melhoras 

A equipe de Pia apresenta pontos bem desenvolvidos e outros que ainda carecem de melhor aprimoramento. Ofensivamente, a Seleção tem bom repertório e jogadoras que são capazes de desequilibrar. Em situações de um contra um e atacando as costas das adversárias, com atletas como Geyse, Kerolin e Debinha, as brasileiras encontram nessas situações as principais oportunidades de gol.

Defensivamente, neste ano, boa parte dos gols sofridos surgiram de situações em que a equipe perdeu a posse de bola ainda no campo de defesa. Outro ponto que saltou aos olhos foi a bola parada defensiva, em que a equipe sofreu em alguns momentos. 

 

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