Relembre os momentos decisivos da Fórmula 1 em Interlagos
Etapa é mais um capítulo da disputa entre Lewis Hamilton e Max Verstappen, que tenta ampliar vantagem; autódromo consagrou campeões, como o próprio britânico, Raikkonen, Vettel e Alonso
Leia também
• Hamilton teme penalidade de cinco posições na largada do GP do Brasil
• Atraso da chegada de frete ao Brasil não deve afetar GP de São Paulo, garante porta-voz da F1
• Max Verstappen vence GP do México de F1
Após um ano sem a etapa brasileira por causa da pandemia, a Fórmula 1 desembarca a partir desta sexta-feira no autódromo de Interlagos com a oportunidade de praticamente liquidar a disputa de uma temporada acirrada. Mesmo sem a possibilidade de a prova de domingo coroar um novo campeão, o Grande Prêmio São Paulo pode encaminhar a definição do Mundial de Pilotos.
No calendário desde o início dos anos 1970, Interlagos é acostumado a consagrar campeões. Inicialmente alocada no começo do ano, passou para a parte final em 2004. Desde então, decidiu título em seis ocasiões.
A primeira vez ocorreu em 2005, quando o espanhol Fernando Alonso se tornou o então campeão mais jovem da F1, quebrando marca de Emerson Fittipaldi. O espanhol repetiu a cena em 2006, comemorando o bicampeonato.
As corridas de 2007 e 2008 ganharam espaço cativo no almanaque do automobilismo. Na primeira, Kimi Raikkonen ganhou o título mesmo após entrar como azarão na corrida final em uma disputa tripla com Alonso e Hamilton.
— Tenho um monte de boas memórias em Interlagos —declarou o finlandês, hoje na Alfa Romeo.
Em 2008, o brasileiro Felipe Massa viu o troféu escapar entre os dedos, após Hamilton fazer uma ultrapassagem na última curva da pista. No ano seguinte, Jenson Button levou o único título de sua carreira.
Em 2012, Sebastian Vettel se tornou o tricampeão mais jovem da F1.
— Interlagos sempre tem grandes corridas, com muita emoção envolvida — disse o piloto da Aston Martin.
Com 19 pontos de vantagem, o holandês Max Verstapenn tem a chance de abrir 44 para o inglês Lewis Hamilton, caso vença a corrida e seu rival não termine entre os 10 primeiros — sem contar os possíveis pontos extras na sprint race de amanhã ou com a volta mais rápida domingo). Nesse cenário, Verstappen não precisaria nem mais subir ao pódio nas três últimas etapas do ano — Qatar, Arábia Saudita e Abu Dhabi — para faturar seu primeiro título.
Caso isso ocorra, o piloto de 24 anos da Red Bull quebraria a hegemonia de quatro títulos seguidos de Hamilton e de sete consecutivos da Mercedes. Além disso, o holandês se tornaria o primeiro campeão nascido fora da Inglaterra e da Alemanha desde o finlandês Kimi Raikkonen, em 2007.
Um título de Verstappen ainda impediria Hamilton de levantar o oitavo troféu, que o isolaria como o maior campeão da F1, superando Michael Schumacher.
Em paralelo ao duelo de pilotos, há a batalha ainda mais equilibrada entre construtores. A Mercedes tem apenas um ponto à frente da Red Bull.
Não será fácil, no entanto, que tudo isso se concretize após as 71 voltas de 4,3 quilômetros. E as próprias estatísticas da temporada provam isso. Verstappen até vem numa ótima fase, com vitórias consecutivas nos EUA e México. A questão é que Hamilton não pontuou em apenas duas das 18 corridas neste ano (Azerbaijão e na Itália). O domínio dos líderes é contundente e só quatro provas não terminaram com um dos dois no ponto mais alto do pódio.