Futebol

"SAF no Santa Cruz é a solução e, se não fizer, as consequências serão terríveis", diz Jairo Rocha

Presidente em exercício do Tricolor visitou a redação da Folha de Pernambuco nesta terça (3), comentando sobre as eleições no clube e o modelo de Sociedade Anônima de Futebol

Jairo Rocha, presidente em exercício do Santa CruzJairo Rocha, presidente em exercício do Santa Cruz - Foto: Arthur Motta/Folha de Pernambuco

As próximas semanas do Santa Cruz terão Jairo Rocha como presidente do Executivo, situação construída depois da renúncia do então ocupante do cargo, Antônio Luiz Neto. Tempo curto e que não será ampliado, já que o mandatário em exercício não pretende concorrer ao cargo no pleito para o biênio 2024-2025. Porém, suficiente para acelerar processos importantes no Tricolor. 

Em visita à Folha de Pernambuco, nesta terça (3), o dirigente conversou com o diretor executivo do jornal, Paulo Pugliesi, o diretor operacional, José Américo Lopes Góis, a editora-chefe da redação, Leusa Santos, a gerente de jornalismo, Marise Rodrigues, além de conceder entrevista à Rádio Folha FM 96,7. O primeiro passo do curto mandato já foi dado, com a antecipação das eleições, que acontecerão no dia 4 de novembro. O segundo está próximo: o de a Cobra Coral mudar o modelo de gestão, tornando-se uma Sociedade Anônima de Futebol. “A SAF no Santa Cruz é a solução e, se não fizer, as consequências serão terríveis”.

Torcida como maior ativo

“Fui perguntado se eu investiria no Santa se fosse um investidor internacional. Eu disse: ‘você conhece no mundo inteiro que esteja sem série ou disputando a Série D que consiga fazer um jogo contra um time sem expressão e, mesmo assim, colocar no mínimo 40 mil pessoas? Ninguém consegue, somente o Santa Cruz. O maior ativo é a torcida. Esse é o nosso diferencial”, afirmou Rocha, negando que tenha intenção de permanecer no cargo no futuro.

“Falei para Antônio que não queria ser presidente. Eu só disse que queria antecipar a eleição porque o Santa Cruz não aguentaria esperar até dezembro. O novo presidente precisa arrumar a casa e botar o time para jogar. Por isso, temos esse projeto da SAF, que é uma coisa magnífica. Vi a proposta pronta. É uma oportunidade única. É uma virada de chave. Quando assumi, falei de transparência e união. Soube que Marino (Abreu, presidente do Conselho Deliberativo) vai ser candidato à presidência. Que seja. Todos podem ser, desde que estejam habilitados para isso. Mas não sou candidato e estou apoiando candidato nenhum no momento”, reforçou. 

Otimismo quanto à aprovação

Sem revelar detalhes sobre o investidor, Rocha destacou otimismo quanto à aprovação da proposta por meio dos associados do clube. "Acho difícil não aprovar. Como empresário, achei o contrato magnífico e estou doente que ainda não pude apresentar ao Conselho. Eu já liguei ao nosso advogado para trazer os investidores no dia 10 de outubro, fazendo uma reunião para depois ir para a Assembleia. A torcida precisa tomar conhecimento. Não vejo motivos (para não aprovar). Por mim, assinava amanhã". Questionado se poderia aprovar mesmo sem aceitação dos sócios, Rocha não confirmou, tampouco negou a possibilidade.

Aberto ao diálogo

O presidente frisou que o clube não está fechado a receber novas ofertas de SAF. Recentemente, o ex-jogador do Santa, Mancuso, publicou um vídeo dizendo que viria ao Recife para trazer uma proposta de um novo grupo de investidores interessados em adquirir o Tricolor. Rocha, porém, fez uma ressalva.

“Apareceu uma proposta que não sei se é procedente. Se for, que venha. Estou aberto a escolher a melhor opção para o Santa Cruz. A única coisa que tive o cuidado de fazer foi ligar para o ex-presidente e saber se esse cidadão (Mancuso) procurou Antônio Luiz Neto para conversar. Foi dito que houve uma conversa em maio por mensagem e que existiria um grupo de investidores interessados no clube. O ex-presidente disse que estava de portas abertas, mas, depois disso, só apareceu um vídeo agora. Estranhei. Um negócio desse porte não se resolve em 24 horas. É preciso ser debatido, costurado. A proposta que já temos é excelente. Se chegar algo melhor, preciso ter a dignidade de mostrar ao pessoal (que trouxe a primeira oferta) e ver se eles podem empatar, pelo menos. Mas tudo precisa acontecer de forma decente, sem falácias. Já apareceu muita gente mentindo, dizendo que representavam investidores, pegando dados do clube e trazendo malefícios. É preciso mostrar uma procuração. Não aceitamos mentiras. O Santa Cruz não aguenta mais isso”.

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